São Paulo, quarta, 5 de agosto de 1998

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Ministro era contra o projeto

da Redação

O projeto de doação de órgãos, aprovado no Senado em janeiro do ano passado, provocou polêmica e dividiu opiniões dentro do próprio governo.
Carlos César de Albuquerque, então ministro da Saúde, disse na época que o projeto era "até um pouco ditatorial" e deveria causar problemas e "gerar conflitos significativos".
"Vai haver problemas, porque as equipes (médicas) vão tentar retirar os órgãos e as famílias -eu acho que com todo direito- podem se negar", afirmou.
Uma semana depois, o ministro passou a se declarar favorável à lei.
Albuquerque disse que mudou de idéia porque a lei traz inúmeros benefícios à população que precisa de transplantes. Segundo ele, a doação automática é uma questão em que os interesses sociais "falam mais alto" do que os direitos individuais.
"Respeito os direitos individuais, mas nem sempre eles devem prevalecer sobre a opinião pública. E a maioria da população já mostrou que gostaria de doar seus órgãos", afirmou Albuquerque.



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