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Ministro era
contra o projeto
da Redação
O projeto de doação de órgãos,
aprovado no Senado em janeiro
do ano passado, provocou polêmica e dividiu opiniões dentro do
próprio governo.
Carlos César de Albuquerque,
então ministro da Saúde, disse na
época que o projeto era "até um
pouco ditatorial" e deveria causar
problemas e "gerar conflitos significativos".
"Vai haver problemas, porque
as equipes (médicas) vão tentar retirar os órgãos e as famílias -eu
acho que com todo direito- podem se negar", afirmou.
Uma semana depois, o ministro
passou a se declarar favorável à lei.
Albuquerque disse que mudou
de idéia porque a lei traz inúmeros
benefícios à população que precisa
de transplantes. Segundo ele, a
doação automática é uma questão
em que os interesses sociais "falam mais alto" do que os direitos
individuais.
"Respeito os direitos individuais, mas nem sempre eles devem prevalecer sobre a opinião
pública. E a maioria da população
já mostrou que gostaria de doar
seus órgãos", afirmou Albuquerque.
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