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Traficante vendeu arma por R$ 5.000
da Reportagem Local
A arma usada por Meira foi
comprada poucas horas antes do
crime por R$ 5.000 e mais um pistola semi-automática 380 usada.
O vendedor, segundo o estudante, foi o mecânico Marcos Paulo
de Almeida dos Santos, 24.
Poucas horas após a prisão de
Meira, Santos também foi detido,
enquanto dormia em sua casa em
Americanópolis (zona sudeste de
São Paulo).
Após ser preso, Santos negou
que tivesse vendido a arma ao estudante de medicina. Mesmo assim, foi indiciado por duplo homicídio e por seis lesões corporais. De acordo com o delegado
Olavo Francisco, titular da Seccional Sul, há indícios suficientes da
participação dele no crime. O delegado Francisco não acredita que
a arma tenha custado os R$ 5.000
que Meira afirma ter pago. Segundo ele, o valor de mercado não
passa de R$ 2.000. "Acredito que
ele tenha pago apenas os R$ 1.000
que foram encontrados na casa
do Marcos Paulo (Santos)", declarou o delegado.
Meira contou em seu depoimento que conhecia Marcos Paulo há cerca de um mês, desde que
ele deixou a carceragem do 16º
DP, na Vila Clementino (zona sudoeste), onde estava presos por
formação de quadrilha e corrupção de menores. O mecânico, segundo a polícia, seria o traficante
que venderia cocaína e crack para
o estudante de medicina.
Há aproximadamente duas semanas o contato entre os dois se
tornou mais frequente depois que
Meira bateu seu carro, um
Chrysler Neon com câmbio hidramático. A seguradora da qual
Meira é cliente lhe cedeu um Palio
comum enquanto seu carro permanecesse na oficina.
Como ele não sabe dirigir carros
com câmbio e direção convencionais, Santos passou a atuar como
motorista de Meira. No dia do
atentado no shopping, Santos e
Meira se encontraram por volta
das 14h, em um hotel em que o estudante se hospedou, na av. São
João (região central).
O mecânico entregou a arma ao
estudante, recebeu o dinheiro e,
por volta das 16h, deixou o local
com o Palio. Foi o último encontro entre os dois antes da prisão.
Quando a polícia chegou à casa
do mecânico para prendê-lo, encontrou o Palio na garagem.
Apesar de ser primário, o estudante ganhava a vida de maneira
ilegal, segundo a polícia. Na casa
dele, foram encontrados equipamentos de falsificação de CDs e de
programas de computador.
Além do dinheiro dos CDs,
Meira ganhava mesada de sua família para se manter em São Paulo. Os pais pagavam o aluguel e a
faculdade e ainda lhe davam R$
800 mensais para despesas pessoais.
(OC e SC)
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