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OAB quer que médico seja investigado
da Reportagem Local
A Comissão de Prerrogativas da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) vai encaminhar pedido para que o
Conselho Regional de Medicina investigue a responsabilidade do psiquiatra João
Cássio Nascimento Pitta no
caso das mortes e dos feridos
no MorumbiShopping.
Pitta é o psiquiatra que vinha acompanhando o estudante de medicina Mateus
da Costa Meira, autor dos
disparos feitos em espectadores, no cinema do shopping, anteontem à noite.
"Pode me investigar. Tenho consciência que agi corretamente", disse ontem o
psiquiatra. Segundo Pitta, o
estudante suspendeu por
conta própria a medicação
prescrita por ele.
"Não estou dizendo que o
médico é culpado, mas ele
deu alta para o rapaz. Esse
rapaz não deve ter tido problemas de uma hora para
outra. Só queremos saber se
o médico agiu corretamente", disse ontem o advogado
Alberto Rollo, presidente da
Comissão de Prerrogativasda OAB.
A comissão da OAB está
acompanhando as investigações do caso a pedido do
advogado Álvaro Benedito
de Oliveira, pai do produtor
Carlos Eduardo Porto Oliveira (ferido com dois tiros e
namorado de Fabiana Lobão Freitas, que também foi
baleada e morreu).
Oliveira, pai de Carlos, é
um dos membros da comissão, que nomeou outros dois
advogados para acompanhar o caso.
O advogado Alberto Rollo
também disse ontem que há
possibilidade de a OAB indicar um perito para avaliar as
condições psicológicas do
estudante de medicina, caso
o advogado dele alegue insanidade mental.
O presidente da comissão
disse que a OAB vai acompanhar as investigações porque é esse o comportamento
da entidade em casos "relevantes".
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina,
Pedro Paulo Roque Monteleone, é "extremamente precoce" culpar o psiquiatra pelos tiros disparados por Mateus da Costa Meira.
"Desviar a atenção do
ocorrido para um eventual
atendimento psiquiátrico
errado é no mínimo muito
simplista, um equívoco",
disse Monteleone.
De acordo com ele, se a
OAB entrar com a solicitação, o CRM irá abrir uma
sindicância para investigar a
atuação do médico.
"Mas as perguntas que devem ser feitas neste momento não são essas, mas, por
exemplo, como o estudante
conseguiu ter acesso à arma
e como ele conseguiu entrar
no cinema com ela. "
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