FERNANDO GODINHO
da Sucursal de Brasília

A Agência Nacional de Telecomunicações está preparando blitze em oito cidades do país (entre elas São Paulo e Rio de Janeiro) para checar se as operadoras de telefonia fixa estão preparadas para cumprir as metas de qualidade e de universalização previstas nos contratos de concessão.
Para verificar as metas de universalização do serviço em áreas de risco (favelas e subúrbios com altos índices de violência), a Anatel vai ser auxiliada por policiais militares e agentes da Polícia Federal. "Vamos dar atenção às áreas mais carentes", disse ontem o superintendente de Serviço Público da Anatel, Edmundo Matarazzo.
A blitz da Anatel poderá começar já na semana que vem. "A PF e a PM vão auxiliar a Anatel em favelas e em outras áreas de risco", disse Matarazzo.
O presidente da Anatel, Renato Navarro Guerreiro, disse que os policiais serão chamados para que os funcionários da agência "não corram riscos" ao fiscalizar áreas mais perigosas.
Uma das metas de universalização que serão priorizadas pela fiscalização da Anatel é a quantidade de telefones públicos em funcionamento no país.
Os contratos prevêem que as operadoras terão que estar operando, a partir do próximo dia 1º de janeiro, pelo menos 713,2 mil telefones de uso público.
A rigor, terá de haver um desses aparelhos a cada 800 metros. Mas a Anatel vai priorizar a fiscalização dessa meta nas periferias, onde a população usa os telefones públicos com maior intensidade.
Também a partir de 1º de janeiro, pelo menos 50% dos telefones públicos em cada localidade deverão estar instalados em locais acessíveis ao público 24 h por dia.
E a Anatel irá fiscalizar nas operadoras como estão os índices de qualidade (como obtenção do tom de discar, tempo de atendimento ao usuário e de reparo de problemas nas linhas e número de funcionários nas lojas).


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