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Coordenador de campanha vê "precipitação"
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o coordenador da campanha e homem escolhido para comandar a transição do governo
da prefeita eleita, Rui Falcão,
abordar agora problemas que
Marta Suplicy (PT) enfrentará em
sua administração não passa de
um ato precipitado e equivocado.
Tudo é prematuro, mesmo que
os temas envolvam assuntos que
vão da falta de recursos à solução
que será apresentada para resolver a extinção do Sims (Sistema
Integrado Municipal de Saúde).
Em resumo, essa é a resposta de
Falcão a perguntas que recebeu
da Folha na última quarta-feira
sobre os principais problemas da
cidade. "É equivocado querer respostas sabendo que não há governo ainda. Não é que não sabemos
o que fazer. Algumas coisas têm
de ter definição de secretário, inclusive", disse.
Falcão recebeu a reportagem no
comitê, após uma festa de confraternização dos funcionários que
trabalharam na campanha de
Marta Suplicy.
Marta se preparava para viajar,
assim como assessores e integrantes do Diretório Municipal do PT.
Todos só voltam amanhã, quando, segundo o coordenador, começam a ser definidos os nomes
que farão parte da comissão de
transição do governo Marta.
Daí também viria o impedimento de dar respostas agora para problemas da próxima administração. Antes disso, só ele, o
presidente do Diretório Municipal do PT, Ricardo Berzoini, e
Marta podem falar sobre os planos para a próxima gestão.
A prefeita eleita tem encontro
marcado com o prefeito Celso Pitta (PTN) na próxima quarta-feira,
quando apresentará Falcão como
responsável pela transição.
"Precisamos formalizar com ele
(Pitta) quem será designado para
ser nosso interlocutor. Só aí começaremos a ter acesso a informações que precisamos", disse,
sobre a necessidade de ter dados
da prefeitura para começar a discutir os problemas da cidade.
Falcão também disse que dependeria de uma consulta a partidos da coligação que elegeu Marta
Suplicy (PT, PCB, PC do B e PHS)
para tratar de assuntos que envolvem a próxima administração.
"Claro que, em última instância,
as definições serão feitas pela prefeita, mas e os nossos parceiros? O
que pensam? Precisamos ouvir o
PCB, o PC do B..."
Ele citou também o fato de o Orçamento da Prefeitura de São
Paulo para o próximo ano ainda
não ter sido aprovado pela Câmara, o que, segundo o coordenador,
inviabiliza o detalhamento do que
poderá ser feito.
Curto e grosso
Com esses argumentos, Falcão
deu respostas curtas e genéricas
para apenas quatro problemas
abordados pela Folha.
Disse, por exemplo, que negociará com servidores as perdas salariais da categoria e que, provavelmente, Marta terá de firmar
contratos de emergência com empresas de limpeza até concluir
uma nova licitação para o serviço.
(JOÃO CARLOS SILVA)
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