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Ex-empregada deixa de ser foco central de investigação
DA REPORTAGEM LOCAL
A polícia praticamente descartou o envolvimento de uma ex-empregada na morte do casal Marísia e Manfred von Richthofen,
assassinados na última quinta-feira na casa onde moravam, no
Brooklin (zona sul de São Paulo).
O enfoque da investigação está
centrado agora em familiares e
conhecidos das vítimas.
Segundo amigos do casal, uma
ex-empregada doméstica teria
feito ameaças por telefone à Marísia depois de ter sido demitida. A
doméstica foi localizada por policiais do DHPP (Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa) e
negou participação no caso.
Policiais disseram que o envolvimento da doméstica no crime
está praticamente descartado.
A polícia acredita que os autores
eram conhecidos das vítimas. A
casa não foi arrombada, o sistema
de câmeras estava desligado e
ninguém viu um carro estranho
em frente à casa da família entre a
noite de quarta e a madrugada de
quinta, quando ocorreu o crime.
A filha do casal, Suzane, 18, foi
ouvida pela segunda vez ontem
pelo DHPP. O depoimento durou
duas horas, segundo a Secretaria
da Segurança Pública. Suzane e o
irmão Andreas, 15, encontraram
os corpos na madrugada da última quinta-feira.
Os dois e Daniel Cravinhos de
Paula e Silva, 21, namorado de Suzane, foram ouvidos no mesmo
dia pelo DHPP.
A secretaria informou que Suzane foi convocada mais uma vez
para complementar o depoimento anterior, mas o órgão não comentou o teor das informações
prestadas ontem.
No total, 20 pessoas foram ouvidas até ontem pelo DHPP, entre
familiares, amigos, colegas de trabalho e empregados da casa.
O casal foi morto com pancadas
na cabeça e depois foi colocado na
cama. A polícia acredita que os
dois tenham recebido golpes fortes com uma espécie de martelo.
A investigação também indica
que pelo menos quatro pessoas
estiveram na casa e dominaram o
casal. Marísia foi encontrada com
um saco plástico de lixo preto na
cabeça, e Richthofen com uma
toalha no rosto.
A hipótese inicial de latrocínio
(matar para roubar) está cada vez
mais remota, segundo policiais.
Segundo Suzane, teriam sumido
R$ 8.000 e US$ 5.000 que estavam
na biblioteca da casa. Mas os carros da família, jóias e até o revólver 38 -encontrado ao lado da
cama- que pertencia a Richthofen não foram levados. Dois promotores foram designados para
acompanhar o caso.
(GILMAR PENTEADO)
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