São Paulo, domingo, 05 de novembro de 2006

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"Maioria das escolas não faz nada pela inclusão", afirma diretor da Apae-SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Fábio Ramazzini Bechara, diretor-presidente voluntário da Apae-SP e promotor de Justiça, defende a inclusão. Para ele, muitos colégios estão despreparados para lidar com alunos especiais, apesar da pressão da sociedade. Mas, ainda assim, ele acha que cada vez haverá menos escolas especiais.  

FOLHA - Por que o movimento pela inclusão ganhou força nos últimos anos?
FÁBIO RAMAZZINI BECHARA
- Primeiro, a Constituição de 88 foi um marco na defesa da cidadania. Depois, estudos mostraram resultados significativos na inclusão das crianças em escolas regulares. Por fim, os pais estão mais organizados e buscam seus direitos.

FOLHA - Mas muitas escolas ainda não fazem a inclusão.
BECHARA
- Tem escola que, por princípio, acredita na inclusão. Outras fazem só por causa da lei. Mas a maioria não está fazendo nada. Acho que até por desinformação, por medo de lidar com algo que não conhecem direito.

FOLHA - A Apae mantém uma escola especial. Não vai na contramão do que o senhor está dizendo?
BECHARA
- Alguns pais, com medo de discriminação ou constrangimento, ainda preferem as escolas especiais. A Apae, porém, tem trabalhado no sentido de cada vez mais oferecer atividades complementares ao ensino regular. Há dois anos, essa é a nossa linha e queremos que a essa escola se torne um local de aulas extras. (DT)


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