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FOCO
Sete obras do arquiteto Rino Levi são tombadas em SP
DE SÃO PAULO
Um dos primeiros expoentes do modernismo no Brasil,
o arquiteto Rino Levi (1901-1965) tem agora sete de suas
obras tombadas pelo Condephaat (órgão estadual do patrimônio histórico).
A lista inclui o conjunto do
Cine Ipiranga e Hotel Excelsior, o banco Sul Americano
(hoje Itaú), a garagem América -primeiro estacionamento vertical a usar estruturas
metálicas- e a residência
Castor Delgado Peres, todos
no centro de São Paulo.
Hoje abandonado, o Cine
Ipiranga foi o maior e mais
luxuoso da cidade. Fora da
capital, entraram na lista o
Centro Cívico de Santo André
e a residência Olivio Gomes
(São José dos Campos).
Paulistano filho de imigrantes, Levi é lembrado até
hoje no meio como um pioneiro. Foi o fundador do primeiro escritório voltado exclusivamente para a elaboração de projetos, ainda nos
anos 1930, quando as construtoras tinham equipes internas de arquitetos e ofereciam o pacote completo: projeto mais execução da obra.
O escritório virou referência na cidade, atraindo recém-formados como Paulo
Mendes da Rocha e Pedro
Paulo de Mello Saraiva.
"Ele é um dos principais
representantes da escola
paulista de arquitetura moderna e projetou os valores
brasileiros para fora do país,
em obras nos EUA, na Venezuela, na Argentina", afirma
Carlos Faggin, professor da
FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) e conselheiro do Condephaat.
Levi propunha edifícios
funcionais, com aproveitamento máximo do espaço e
dos materiais. "São construções bonitas e discretas", diz
Monica Junqueira, da FAU.
Com grau 1 de proteção,
destinado às obras mais relevantes da arquitetura, os prédios deverão preservar tanto
a fachada quanto as estruturas internas. Qualquer tipo
de reforma terá de ser aprovado pelo Condephaat.
(LETICIA DE CASTRO)
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