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São Paulo, sexta-feira, 05 de dezembro de 2003

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Ação foi uma farsa, diz promotor

DA REPORTAGEM LOCAL

"A Operação Castelinho foi vendida para a opinião pública como uma grande realização da polícia, como uma vitória do bem contra o mal. Hoje, o que se verifica, é que ela foi uma grande farsa. Uma farsa macabra, talvez a maior farsa da história da polícia de São Paulo", disse ontem o promotor Carlos Cardoso, na divulgação da denúncia contra os PMs.
Segundo o assessor de Direitos Humanos da Procuradoria Geral de Justiça, o Gradi/PM organizou a ação para "demonstrar força, absolutamente desnecessária e gratuita, em face do aumento da criminalidade violenta". Na época, pós-megarrebelião do PCC, o Estado sofria uma primeira onda de atentados contra prédios públicos atribuídos à facção.
Neste ano, policiais do Gradi foram denunciados outras duas vezes à Justiça, por desvio de armas -duas delas já foram apreendidas com assaltantes de banco- e por tortura, contra dois presos que foram recrutados em presídios e prestavam serviços à inteligência da PM. Nas missões, os detentos recebiam carros, telefones e, conforme relatos de ex-agentes, até mesmo armas.
As cinco ações de maior repercussão do Gradi, entre elas a da Castelinho, resultaram em 27 mortes de suspeitos.


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