|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ação foi uma farsa, diz promotor
DA REPORTAGEM LOCAL
"A Operação Castelinho foi
vendida para a opinião pública
como uma grande realização da
polícia, como uma vitória do bem
contra o mal. Hoje, o que se verifica, é que ela foi uma grande farsa.
Uma farsa macabra, talvez a
maior farsa da história da polícia
de São Paulo", disse ontem o promotor Carlos Cardoso, na divulgação da denúncia contra os PMs.
Segundo o assessor de Direitos
Humanos da Procuradoria Geral
de Justiça, o Gradi/PM organizou
a ação para "demonstrar força,
absolutamente desnecessária e
gratuita, em face do aumento da
criminalidade violenta". Na época, pós-megarrebelião do PCC, o
Estado sofria uma primeira onda
de atentados contra prédios públicos atribuídos à facção.
Neste ano, policiais do Gradi foram denunciados outras duas vezes à Justiça, por desvio de armas
-duas delas já foram apreendidas com assaltantes de banco- e
por tortura, contra dois presos
que foram recrutados em presídios e prestavam serviços à inteligência da PM. Nas missões, os detentos recebiam carros, telefones
e, conforme relatos de ex-agentes,
até mesmo armas.
As cinco ações de maior repercussão do Gradi, entre elas a da
Castelinho, resultaram em 27
mortes de suspeitos.
Texto Anterior: Operação Castelinho: Promotoria denuncia 53 PMs por homicídio Próximo Texto: Barbara Gancia: Bicho-papão comeu as decorações de Natal Índice
|