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Cartórios podem ter dificuldades para se adaptar à nova lei, afirma advogado
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do Instituto
Brasileiro de Direito da Família
de São Paulo, Euclides de Oliveira, é favorável à nova lei, que
considera uma forma de desburocratizar o processo. Entretanto, ele acredita que haverá
dificuldades iniciais no atendimento dos cartórios.
Em sua opinião, os funcionários dos cartórios deveriam
passar por um treinamento antes de atuar nessas áreas. "Alguns casos de partilha de bens
são bastante complicados, exigem preparo dos tabeliões.
Além disso, os cartórios devem
ter uma sala, um espaço adequado para receber as partes.
Esses casos costumam ser sigilosos e não podem ser tratados
no balcão", disse o advogado.
Para ele, entre os que trabalham em cartório, apenas os tabeliões deveriam cuidar desses
novos serviços -por serem
mais preparados-, e não qualquer escrevente do cartório.
O advogado de família afirma
ainda que a mudança também
pode trazer falta de segurança
jurídica para as partes. "Digamos que a parte vá lá fazer a separação sem estar muito segura
e, no entanto, acaba assinando
sem aquela orientação que o
juiz e o promotor dão quando é
feita em juízo", pondera.
(AB)
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