DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, disse ontem que a licitação dos ônibus está sendo positiva porque há interessados em todos os oito lotes. Afirmou ainda acreditar que, embora não exista alteração de operadores, haverá uma redistribuição das linhas.
"Eu percebo uma movimentação entre eles. Empresas grandes que dominavam vão diminuir. E viações pequenas vão crescer", disse Tatto, que ainda não tinha ontem a lista e a participação percentual das viações em cada área.
Essa possibilidade levantada pelo secretário, porém, é negada por José Ruas Vaz, líder do transporte paulistano. "Vamos ficar como hoje. O grupo não aumenta nem diminui", afirmou Vaz, que apresentou envelopes para quatro áreas e que ainda tem ligações em uma quinta -disputada por Antonio de Abreu, filho de seu sócio.
O secretário Tatto destacou ainda que as mudanças na qualidade do transporte virão por causa das novas regras. A intenção da administração Marta Suplicy é implantá-las até julho deste ano.
"O importante é que quem entrou na licitação concorda em operar da forma proposta. O contrato de longo prazo dá mais segurança. As responsabilidades e penalidades aumentam", disse Tatto, que anunciou ainda uma contratação emergencial, nas próximas semanas, com as viações que entregaram os envelopes, válida enquanto não são concluídas todas as fases da concorrência. As atuais empresas rodam sem contrato desde 31 de janeiro.
"É perigoso ficar sem contrato por muito tempo", afirmou Tatto, sem querer especificar os riscos.
Na última sexta, a prefeitura chegou a relatar a presença de uma viação de Osasco na licitação. Ontem os empresários revelaram que se trata de uma viação do grupo Castro, que já opera hoje em São Paulo. (AI)


Texto Anterior: Transporte: Novo sistema manterá atuais empresários
Próximo Texto: Acesso de deficientes pode motivar ação
Índice