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São Paulo, domingo, 06 de abril de 2003

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SAÚDE EM RISCO

Apenas 1.318 profissionais vigiam 43 portos, 55 aeroportos, 24 pontos de passagem e 17 traillers de aduana

Poucos agentes controlam muita fronteira

DA REPORTAGEM LOCAL

Um pequeno exército de 1.318 técnicos está encarregado de vigiar 43 portos, 55 aeroportos, 24 pontos de fronteira e 17 traillers de aduana. São os funcionários da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que têm, entre suas missões, vigiar a entrada de pessoas, vetores e qualquer produto que possa significar risco para a saúde da população. Tanto na entrada como na saída.
Mais que isso, a eles cabe fiscalizar desde a comida que se serve e que sobra dos aviões, o lixo das aeronaves, até a água que consomem os passageiros de barcos que navegam, por exemplo, pelos rios da Amazônia.
"Fazemos 1 milhão de inspeções por ano", diz o sanitarista Daniel Lins Menucci, gerente-geral de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Anvisa.
É muito trabalho para esperar que seja realizado satisfatoriamente. "Concentramos nossa atenção nas pessoas que saem e que entram no país", afirma Menucci. Quando se conhece as regiões originárias da doença, a "barreira é feita na saída daqueles países". A recomendação da Organização Mundial da Saúde é que, quando um suspeito é localizado em vôo, a vigilância em terra seja avisada e todos os passageiros contatados. "Nosso papel é informá-los que estiveram em situação de risco e, caso apresentem sintomas da doença, procurem os serviços de saúde."
As companhias aéreas não incluem telefones e endereços nas listas de passageiros, daí a necessidade de os suspeitos e aqueles em risco serem abordados no próprio aeroporto. Em Guarulhos, estão 80 funcionários da vigilância, entre médicos e enfermeiros, que se revezam em grupos de 12.
(AURELIANO BIANCARELLI)


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