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São Paulo, domingo, 06 de abril de 2003

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África e Ásia exportam epidemias

DA REPORTAGEM LOCAL

Se os aeroportos tivessem birutas (aparelhos que indicam a direção dos ventos) para anunciar de onde chegam as epidemias, elas estariam sempre apontadas para a África e para a Ásia. É de lá que vieram as gripes de Hong Kong, a "asiática", as ameaças do Ebola e da febre do Nilo e, agora, a pneumonia asiática.
O médico sanitarista Paulo Buss, presidente da Fiocruz, diz que vários estudos e hipóteses explicam a origem dessas doenças.
De um lado, a grande industrialização de áreas como Hong Kong e Malásia provocam grandes nuvens capazes de gerar alterações em microorganismos. De outro, o uso de hormônios e alimentos modificados para engordar mais rapidamente porcos e galinhas. Daí as gripes suínas e aviárias que chegaram ao Ocidente. No caso do Ebola, assim como os hantavírus surgidos no Brasil, a causa estaria nos danos provocados pelo homem na natureza.
Para fazer frente a essas epidemias, o Brasil tem hoje uma moderna rede de Laboratórios Centrais de Saúde Pública em cada Estado que, por sua vez, está em sintonia com três centros de referência, o Adolfo Lutz, em São Paulo, a Fiocruz, no Rio, e o Evandro Chagas, no Pará. "Quando há dúvidas, enviamos amostras para centros de referência nos EUA, no Reino Unido, na França e na Alemanha", diz Paulo Buss.
"Estamos no nível dos países do Primeiro Mundo", diz o presidente da Fiocruz. (AB)


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