UOL


São Paulo, domingo, 06 de abril de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Altino, 35, não sabe o que fazer

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CATAGUASES

Nilson Altino, 35, é uma das incontáveis pessoas que, como um pescador, depende do rio Pomba para sustentar a mulher Iolanda e os três filhos. O negócio dele é extrair areia e vender para as cidades mineiras e fluminenses próximas. "Mas agora ninguém quer comprar a minha areia, dizem que está contaminada."
"A gente nem vive de uma forma decente para investir no negócio e vem uma coisa dessa", disse, afirmando não saber como fazer para reparar o prejuízo. Ele perguntou aos repórteres a quem ele recorrer. "A gente imagina que tudo está perdido".
Investiu tudo o que tinha, um carro e um caminhão, para montar seu negócio há seis anos. Desde o acidente ele está parado, mas pagando R$ 30 por dia pela draga que retira a areia do rio.
A areia que retira não está mais preta. "Mas ela está um pouco encardida, não está mais clara, não", disse ele, que não sabe como conseguir do Ibama autorização para mudar de ponto no rio.


Texto Anterior: Lama preta põe em risco terras férteis da região
Próximo Texto: Barragem abandonada ameaça baía de Sepetiba
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.