da Folha Ribeirão

A polícia de Ribeirão Preto (319 km ao norte de São Paulo) investiga uma possível ligação entre a quadrilha que "esquentava" caminhões furtados e o roubo de carga na região.
O esquema foi descoberto por meio de denúncias anônimas e terminou com a apreensão de 30 veículos em quatro cidades.
O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) Paulo Pereira de Paula afirmou que está sendo rastreado o tipo de carga que era transportada pelos caminhões no momento do roubo.
Ele admite a possibilidade de a ação contar com duas quadrilhas, sendo uma especializada em roubos de carga e outra na adulteração dos caminhões.
"As investigações ainda devem levar cerca de 90 dias, mas existe a possibilidade de haver uma quadrilha especializada em roubo de cargas e outra, em adulteração", disse o delegado.
A CPI do Narcotráfico informou que tem conhecimento de um esquema de roubo de caminhões semelhante ao registrado pela polícia na região e, por isso, as informações levantadas serão investigadas.
A polícia também acredita que o esquema de adulteração dos veículos conta com ramificações em outros três Estados.
De acordo com a polícia, o grupo é de Minas Gerais, mas contava com o auxílio de funcionários dos Detrans (Departamento Estadual de Trânsito) de São Paulo, Pará e Tocantins.
A direção do Detran do Pará afirmou, por meio de sua assessoria, que a denúncia de adulteração de documentos está sendo investigada desde o início do ano. De acordo com o órgão, dois funcionários foram afastados em fevereiro por indícios de fraude.
Os Detrans de São Paulo e de Tocantins foram procurados, mas não ligaram de volta.


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