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Justiça recebe inquérito sobre acusados de extorsão no Rio
SABRINA PETRY
da Sucursal do Rio
O delegado da 9ª Delegacia de
Polícia, Sérgio Valença, entregou
ontem à Justiça o inquérito que
envolve dois ex-funcionários do
governo do Rio, presos em flagrante ao tentar extorquir o prefeito e o presidente da Câmara de
Guapimirim (município a 86 km
do Rio).
O caso aconteceu no dia 26 de
abril. O vereador Oswaldo Vivas(PPB) disse que Mário Lisboa
e José Cezar de Almeida pediram
dinheiro para que ele e o prefeito
Aílton Vivas (PL) não fossem chamados para depor na CPI do Narcotráfico como suspeitos.
Mário Lisboa trabalhou na Cehab (Companhia Estadual de Habitação) e Cezar Almeida foi funcionário do Detran e do programa Cheque-Cidadão.
Vivas disse que os dois agiam
em nome do deputado federal
Éber Silva (PDT-RJ), que faz parte
da CPI.
O inquérito concluiu que há indícios de que as informações usadas na extorsão vinham de membros da comissão parlamentar.
O prefeito Vivas acusou anteontem em seu depoimento o chefe
de gabinete do DER (Departamento de Estradas de Rodagem)-RJ, Lineu Castilho Martins (PDT),
de ter participado do esquema.
Ontem, Martins negou as acusações e disse que processará Vivas. "Vou entrar com uma queixa-crime contra ele", disse. Martins ocupa o cargo desde o início
do governo Anthony Garotinho.
"Ele (Vivas) me acusou porque
eu coordenei a campanha do Éber
Silva e deve ter achado que eu estaria ligado ao esquema", completou Martins.
Ele também contou que conheceu os dois acusados de extorsão
na campanha eleitoral, mas que
não mantinha contato com nenhum deles nem com o prefeito
de Guapimirim, apesar de ser
morador do município.
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