São Paulo, sábado, 06 de maio de 2000


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UNIVERSIDADES
Manifestação de alunos da USP foi na praça da Sé
Estudantes fazem protesto em apoio à paralisação de docentes

ESTANISLAU MARIA
da Reportagem Local

Cerca de 250 estudantes da USP fizeram uma manifestação ontem das 11h às 13h30 na praça da Sé, em apoio à greve dos professores das universidades públicas.
No protesto, batizado de "universidade na praça", os alunos fizeram panfletagem para informar a população sobre os motivos da greve e ainda apresentaram peças de teatro, declamaram poesias, cantaram, dançaram e fizeram esclarecimentos sobre a Aids. Os alunos de direito montaram uma banca para orientação jurídica.
Não houve incidentes, o policiamento na Sé foi normal -duas policias femininas e dez homens.
Professores e funcionários das três públicas (USP, Unesp e Unicamp) pararam desde o último dia 25, pedindo 25% de reajuste. Os reitores oferecem 7% e mais 28% de abono.
"Estamos na praça porque essa causa é também dos alunos e de toda a sociedade", disse a aluna de artes cênicas, Ana Flávia Chrispiniano, 19.
A audiência na Sé era disputada. Ao lado dos estudantes, um pastor evangélico -sem carro de som, faixas, teatro ou música- reunia cerca de 30 pessoas em sua pregação e gritava: "Pode fazer greve... pode fazer. Porque a Bíblia diz que vai tudo piorar."
Professores e alunos afirmaram que a greve já atinge 80% das universidades. Na USP, o curso de direito aderiu parcialmente. Engenharia, economia, administração e medicina continuam fora da greve. A reitoria da Unesp divulgou que a greve atingiu 70% dos campi. Na terça-feira, reitores e sindicalistas se reúnem pela primeira vez desde a paralisação.


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