|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
UNIVERSIDADES
Manifestação de alunos da USP foi na praça da Sé
Estudantes fazem protesto em apoio à paralisação de docentes
ESTANISLAU MARIA
da Reportagem Local
Cerca de 250 estudantes da USP
fizeram uma manifestação ontem
das 11h às 13h30 na praça da Sé,
em apoio à greve dos professores
das universidades públicas.
No protesto, batizado de "universidade na praça", os alunos fizeram panfletagem para informar
a população sobre os motivos da
greve e ainda apresentaram peças
de teatro, declamaram poesias,
cantaram, dançaram e fizeram esclarecimentos sobre a Aids. Os
alunos de direito montaram uma
banca para orientação jurídica.
Não houve incidentes, o policiamento na Sé foi normal -duas
policias femininas e dez homens.
Professores e funcionários das
três públicas (USP, Unesp e Unicamp) pararam desde o último
dia 25, pedindo 25% de reajuste.
Os reitores oferecem 7% e mais
28% de abono.
"Estamos na praça porque essa
causa é também dos alunos e de
toda a sociedade", disse a aluna de
artes cênicas, Ana Flávia Chrispiniano, 19.
A audiência na Sé era disputada.
Ao lado dos estudantes, um pastor evangélico -sem carro de
som, faixas, teatro ou música-
reunia cerca de 30 pessoas em sua
pregação e gritava: "Pode fazer
greve... pode fazer. Porque a Bíblia diz que vai tudo piorar."
Professores e alunos afirmaram
que a greve já atinge 80% das universidades. Na USP, o curso de direito aderiu parcialmente. Engenharia, economia, administração
e medicina continuam fora da
greve. A reitoria da Unesp divulgou que a greve atingiu 70% dos
campi. Na terça-feira, reitores e
sindicalistas se reúnem pela primeira vez desde a paralisação.
Texto Anterior: Justiça recebe inquérito sobre acusados de extorsão no Rio Próximo Texto: Escolas: Professores estaduais decidem manter greve Índice
|