DA SUCURSAL DO RIO

A Universidade Estácio de Sá informou que recebeu na manhã de ontem uma carta determinando o fechamento do comércio do Rio Comprido (zona norte). A carta teria, supostamente, sido enviada por traficantes do morro do Turano (zona norte), após o início das aulas.
Segundo o ex-senador Artur da Távola, chanceler da universidade, a carta chegou por volta das 8h. As aulas começam às 7h. Ele disse que a orientação passada aos professores era dispensar os alunos durante o intervalo, das 9h às 9h30, para não criar pânico. Luciana Gonçalves Novaes foi atingida no início do intervalo.
Távola lamentou o acidente, mas disse não considerá-lo uma novidade. "O que aconteceu hoje não é nada diferente do que acontece no Rio. O único diferencial é que se deu num campus de uma universidade", disse.
O chanceler disse que a Estácio não pode ser responsabilizada pelo que aconteceu à aluna, mas que está disposta a ajudar a família no que for preciso, até mesmo disponibilizando a equipe médica da universidade.
Távola disse que entrou em contato com o secretário estadual de Segurança Pública, Anthony Garotinho, logo após o ocorrido. Segundo ele, Garotinho teria afirmado que providências seriam tomadas para garantir a segurança dos alunos e da universidade. Um encontro entre a direção da Estácio de Sá e o secretário será agendado para esta semana.
Segundo o chanceler, a relação da universidade com a comunidade do Turano é "sem conflitos". Ele admitiu que a faculdade sempre acatou e vai continuar acatando as ordens de traficantes para o fechamento do comércio.


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