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SOBRE RODAS
Administrador da Cidade Universitária afirma que restrição a treinos tem apoio de professores e estudantes
Veto a ciclista dificilmente cairá, diz USP
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito do campus da USP
na capital, Wanderley Messias da
Costa, disse não acreditar na possibilidade de ser revertida a proibição da entrada de ciclistas na
universidade. "O conselho do
campus reuniu-se na terça-feira e
reafirmou por unanimidade essa
questão", afirmou.
Ele disse também saber que o
secretário de Estado da Juventude, Esportes e Lazer, Lars Grael,
está formatando uma proposta
para liberar a entrada dos ciclistas
no campus. "Quando chegar, vamos examiná-la. Mas, até o momento, a posição é exatamente a
mesma", disse o prefeito.
Segundo ele, a USP tem tido um
apoio muito grande da comunidade em relação à medida tomada. "A decisão do conselho é sintomática disso", afirmou.
As reclamações recebidas contra ciclistas dentro do campus
nortearam o decreto do reitor
Adolpho José Melfi, 68, que proibiu a circulação desses atletas. Segundo o ouvidor-geral da USP,
Ruy Laurenti, eram registradas,
em média, três reclamações envolvendo ciclistas por semana,
um número que vinha evoluindo
nos últimos meses.
Na época da decisão, o ouvidor
afirmou que fechar a USP para os
ciclistas era uma medida que, embora "aparentemente antipática",
era necessária para assegurar a segurança dos usuários.
De acordo com o decreto, ciclistas que não pertencem aos quadros da universidade só podem
usar o local agora aos sábados,
das 5h às 14h, e em dias de competições esportivas autorizadas pela
prefeitura do campus.
Esperança
Os atletas, por meio das federações que os representam, ainda
tentam reverter a decisão. Na segunda-feira, reuniram-se com o
secretário Lars Grael para formular um projeto que regulamenta a
entrada dos ciclistas no campus.
Entre as idéias está a de cadastrar todos os usuários e obrigá-los
a usar, no capacete, o número que
os identifica. Foi definido também que eles deverão respeitar
horários: poderiam circular das
5h às 7h30 e das 9h às 17h, para
não atrapalhar o trânsito local.
Segundo o presidente da Federação Paulista de Ciclismo, Marcos Mazzaron, os ciclistas podem
reconquistar seu espaço na USP
lentamente. Grael sugeriu que, se
der certo a convivência entre ciclistas, veículos e pedestres nesses
horários, poderia ser feito um teste para a noite. Isso possibilitaria a
inclusão do grupo Night Bikers.
A redação do projeto foi finalizada ontem e deve ser enviada ao
prefeito do campus e ao governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Depois, a intenção é mandar o documento para o reitor da USP.
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