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MÍDIA
Em 2002, jornal identificou vítima como criminoso
Em decisão de 1ª instância, Folha é absolvida em ação por danos morais
DA REPORTAGEM LOCAL
A Folha foi absolvida pela Justiça em uma ação cível por danos
morais movida pelos familiares
de José Alves de Lima, 49. Lima foi
morto por uma bala perdida durante tiroteio entre vigilantes de
um carro-forte e assaltantes, em
18 de dezembro de 2002, na estação de trem da Lapa, na zona oeste de São Paulo.
A decisão é de primeira instância e a família de Lima já entrou
com recurso, que está sendo analisado pelo Tribunal de Justiça.
Em reportagem do jornal "Agora", reproduzida pela Folha no
dia seguinte ao do tiroteio, Lima
foi apresentado como sendo um
dos assaltantes mortos. Na verdade, ele passava pelo local no momento do tiroteio e foi atingido.
O jornal ganhou a ação em primeira instância, pois a família de
Lima entrou com a ação após expirar o prazo de 90 dias estipulado
na Lei de Imprensa.
A informação de que Lima era
um dos ladrões mortos partiu de
policiais que estavam na delegacia. Mas, segundo o BO nº 9260/
2002, registrado na mesma delegacia, Lima consta como vítima.
Além dele, morreram o vigilante
Elias Teodósio Gomes e o assaltante Edson Batista Moraes.
No relatório do investigador José Arnaldo Alves Vieira, que estava de plantão no hospital da Lapa
-onde as vítimas fatais foram
atendidas-, Lima foi identificado como um dos ladrões.
No relatório de Vieira consta
que foram "três vítimas fatais". O
vigilante Elias Teodósio Gomes e
o assaltante Edson Batista Moraes
são identificados inicialmente. O
policial descreve a terceira vítima
como "desconhecido, branco, 40
anos de idade, trajando camisa
branca, calça jeans, sapato marrom. (ladrão)". No último parágrafo do histórico do relatório, o
investigador afirma que o "nome
do elemento que figura como 3ª
vítima é José Alves de Lima".
O processo criminal sobre o tiroteio tramita na Justiça, no 5º
Tribunal do Júri.
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