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Em 1996, houve 65 mortes em 30 dias
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Em novembro de 1996, a mesma Maternidade-Escola Assis
Chateaubriand, em Fortaleza,
passou por uma situação muito
grave, quando 65 bebês morreram em apenas 30 dias.
Desses, 49 bebês morreram na
primeira quinzena do mês.
Assim como as mortes que
aconteceram no último final de
semana, algumas das ocorridas
há seis anos também foram justificadas por infecções dos próprios
bebês, por problemas congênitos
ou mesmo por má formação, mas
todos os casos foram diretamente
relacionados à superlotação.
O governo do Estado, na época,
divulgou que planejava criar, em
curto prazo, 31 novos leitos de
UTI neonatal -existiam 34. Desde então, houve um acréscimo de
apenas dez leitos.
Para a apuração das mortes,
chegou a ser aberto inquérito policial, que foi esvaziado pela conclusão do próprio Ministério da
Saúde, que descartou a infecção
hospitalar entre os motivos das
mortes. Pelo laudo, os bebês morreram porque eram de alto risco.
Ainda assim, com a grande
quantidade de mortes, o hospital
chegou a recusar novos pacientes
e foi necessária a intervenção direta do governo do Estado para a
normalização dos atendimentos.
A maternidade é referência, no
Ceará, de atendimento a partos
complicados. A administração é
feita pela UFC (Universidade Federal do Ceará) com recursos do
SUS (Sistema Único de Saúde).
(KF)
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