São Paulo, quinta-feira, 06 de junho de 2002

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Em 1996, houve 65 mortes em 30 dias

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Em novembro de 1996, a mesma Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, em Fortaleza, passou por uma situação muito grave, quando 65 bebês morreram em apenas 30 dias.
Desses, 49 bebês morreram na primeira quinzena do mês.
Assim como as mortes que aconteceram no último final de semana, algumas das ocorridas há seis anos também foram justificadas por infecções dos próprios bebês, por problemas congênitos ou mesmo por má formação, mas todos os casos foram diretamente relacionados à superlotação.
O governo do Estado, na época, divulgou que planejava criar, em curto prazo, 31 novos leitos de UTI neonatal -existiam 34. Desde então, houve um acréscimo de apenas dez leitos.
Para a apuração das mortes, chegou a ser aberto inquérito policial, que foi esvaziado pela conclusão do próprio Ministério da Saúde, que descartou a infecção hospitalar entre os motivos das mortes. Pelo laudo, os bebês morreram porque eram de alto risco.
Ainda assim, com a grande quantidade de mortes, o hospital chegou a recusar novos pacientes e foi necessária a intervenção direta do governo do Estado para a normalização dos atendimentos.
A maternidade é referência, no Ceará, de atendimento a partos complicados. A administração é feita pela UFC (Universidade Federal do Ceará) com recursos do SUS (Sistema Único de Saúde). (KF)


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