São Paulo, terça-feira, 06 de junho de 2006

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Defesa diz que Suzane ficou "contentíssima" com decisão

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado Mauro Nacif negou manobra no adiamento do júri, atacou os irmãos Cravinhos, classificou o juiz Alberto Anderson de "radical" por querer dar andamento ao julgamento sem a presença de uma das testemunhas e descartou tentar desmarcar o próximo julgamento, em 17 de julho. Segundo ele, Suzane ficou "contentíssima" com o adiamento.
"Não houve manobra. O júri foi adiado porque a defesa arrolou testemunha muito importante [Cláudia Sorge], que era muito amiga de Marísia, e ela sabe do relacionamento da mãe com a filha." "E esses dois cafajestes estão alegando que ela participou disso [morte dos pais] porque o pai a estuprava. O pai dela era uma ótima pessoa." Os Cravinhos deram essa versão em entrevista em janeiro à rádio Jovem Pan. Eles estavam em liberdade e, em seguida, voltaram à prisão.
Segundo Nacif, o ponto de discórdia ocorreu porque o juiz estava disposto a levar adiante o julgamento. "O juiz tinha a obrigação de adiar o julgamento e intimar a testemunha [Sorge, que estava na Alemanha] novamente. Estava nos autos, mas ele foi radical dizendo que faria o julgamento. Aí falei: "não vai fazer". Ele foi duro comigo e fui duro com ele." Após a reclamação, o juiz intimou Sorge.
O defensor deu "palavra de honra" que estará presente ao novo julgamento. "Eu vim para fazer julgamento. Acontece que o advogado dos dois cafajestes não veio. Eu ia fazer o júri da Suzane mesmo assim, mas houve um problema com uma testemunha que a defesa tinha o direito de ouvir."
Para o advogado, Suzane comprava maconha e ecstasy para Daniel, com quem perdeu a virgindade, e era "psiquicamente" explorada por ele.


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