São Paulo, sábado, 6 de junho de 1998

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CRIME
Os 44 gramas da 1ª apreensão de charas vieram da Índia; três são presos
Polícia faz apreensão recorde de ecstasy e acha nova droga

da Reportagem Local

A polícia encontrou 1.134 comprimidos de ecstasy que seriam consumidos em boates e festas em São Paulo. Três acusados foram presos. Além do ecstasy, também foram apreendidos haxixe, skunk, cocaína, LSD e, pela primeira vez no país, charas, droga descrita pela polícia como um derivado do haxixe, espécie de super-haxixe.
A maior parte das drogas estava, segundo os homens do Setor de Operações Especiais do Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos), em uma casa da rua Raul Pompéia, na Pompéia (bairro de classe média da zona noroeste de São Paulo).
A operação dos policiais começou às 18h de anteontem. Uma equipe com três investigadores do Denarc estava acompanhando um suspeito de vender drogas.
Alexandre Pessoa Monteiro Rosa, 26, foi seguido pelos policiais até a casa em que estava morando com a namorada Andrea Fernanda. Os policiais esperaram o suspeito deixar a casa e o abordaram.
Na revista, não encontraram drogas. Em seguida, entraram na casa, onde teriam achado cerca de 200 comprimidos de ecstasy, os 22 gramas de charas, proveniente da Índia, e 161 micropontos de LSD.
Monteiro Rosa foi preso e levado ao Denarc, sendo acompanhado por dois amigos. Segundo os policiais, ele disse que havia comprado a droga de uma outra pessoa.
Os investigadores retornaram a casa do acusado e disseram ter encontrado outros 900 comprimidos de ecstasy, 20 gramas de cocaína, 240 gramas de haxixe, 22 gramas de charas, balanças e dois vasos com mudas de maconha.
A droga estaria no quarto do acusado. Segundo os policiais, a segunda revista estava sendo acompanhada pelos dois amigos de Monteiro Rosa quando chegou a casa Frederico Gonçalves Lemos, 26. Lemos estaria procurando o acusado e acabou revistado.
Com ele, os investigadores disseram ter achado 0,6 grama de Skunk, sete gramas de haxixe e ecstasy. Os policiais afirmaram que Lemos confessou vender drogas e, em sua casa, teriam sido achados mais cinco comprimidos de ecstasy.
De acordo com a polícia, Lemos disse que comprara a droga da mesma pessoa acusada por Monteiro Rosa. Os advogados dos dois não quiseram dar entrevistas alegando que ainda não conheciam todas as circunstâncias dos fatos que envolviam seus clientes.
Com base nas acusações dos dois primeiros presos, os policiais foram atrás daquele que seria o fornecedor das drogas. O disc-jóquei Dmitri Rugiero, 33, foi preso na boate Florestta, na Vila Olímpia (zona sudoeste).

Inocente
Com ele não foi achado nenhum entorpecente. Rugiero disse ser inocente. O ecstasy e o LSD vieram da Holanda. As drogas foram avaliadas em R$ 41 mil.
Segundo o delegado Reinaldo Vicente Castelo, do Denarc, os três presos iam ser autuados em flagrante sob a acusação de tráfico de drogas. Além disso, Monteiro Rosa também está sendo acusado de porte ilegal de arma, pois em sua casa foi apreendido um revólver calibre 38.



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