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CRIME
Os 44 gramas da 1ª apreensão de charas vieram da Índia; três são presos
Polícia faz apreensão recorde de ecstasy e acha nova droga
da Reportagem Local
A polícia encontrou 1.134 comprimidos de ecstasy que seriam
consumidos em boates e festas em
São Paulo. Três acusados foram
presos. Além do ecstasy, também
foram apreendidos haxixe, skunk,
cocaína, LSD e, pela primeira vez
no país, charas, droga descrita pela polícia como um derivado do
haxixe, espécie de super-haxixe.
A maior parte das drogas estava,
segundo os homens do Setor de
Operações Especiais do Denarc
(Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos), em
uma casa da rua Raul Pompéia, na
Pompéia (bairro de classe média
da zona noroeste de São Paulo).
A operação dos policiais começou às 18h de anteontem. Uma
equipe com três investigadores do
Denarc estava acompanhando um
suspeito de vender drogas.
Alexandre Pessoa Monteiro Rosa, 26, foi seguido pelos policiais
até a casa em que estava morando
com a namorada Andrea Fernanda. Os policiais esperaram o suspeito deixar a casa e o abordaram.
Na revista, não encontraram
drogas. Em seguida, entraram na
casa, onde teriam achado cerca de
200 comprimidos de ecstasy, os 22
gramas de charas, proveniente da
Índia, e 161 micropontos de LSD.
Monteiro Rosa foi preso e levado
ao Denarc, sendo acompanhado
por dois amigos. Segundo os policiais, ele disse que havia comprado a droga de uma outra pessoa.
Os investigadores retornaram a
casa do acusado e disseram ter encontrado outros 900 comprimidos
de ecstasy, 20 gramas de cocaína,
240 gramas de haxixe, 22 gramas
de charas, balanças e dois vasos
com mudas de maconha.
A droga estaria no quarto do
acusado. Segundo os policiais, a
segunda revista estava sendo
acompanhada pelos dois amigos
de Monteiro Rosa quando chegou
a casa Frederico Gonçalves Lemos, 26. Lemos estaria procurando o acusado e acabou revistado.
Com ele, os investigadores disseram ter achado 0,6 grama de
Skunk, sete gramas de haxixe e
ecstasy. Os policiais afirmaram
que Lemos confessou vender drogas e, em sua casa, teriam sido
achados mais cinco comprimidos
de ecstasy.
De acordo com a polícia, Lemos
disse que comprara a droga da
mesma pessoa acusada por Monteiro Rosa. Os advogados dos dois
não quiseram dar entrevistas alegando que ainda não conheciam
todas as circunstâncias dos fatos
que envolviam seus clientes.
Com base nas acusações dos dois
primeiros presos, os policiais foram atrás daquele que seria o fornecedor das drogas. O disc-jóquei
Dmitri Rugiero, 33, foi preso na
boate Florestta, na Vila Olímpia
(zona sudoeste).
Inocente
Com ele não foi achado nenhum
entorpecente. Rugiero disse ser
inocente. O ecstasy e o LSD vieram
da Holanda. As drogas foram avaliadas em R$ 41 mil.
Segundo o delegado Reinaldo
Vicente Castelo, do Denarc, os
três presos iam ser autuados em
flagrante sob a acusação de tráfico
de drogas. Além disso, Monteiro
Rosa também está sendo acusado
de porte ilegal de arma, pois em
sua casa foi apreendido um revólver calibre 38.
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