Ministra Dilma Rousseff reconhece que há atrasos no PAC, que usou menos de 22% dos recursos previstos para 2007

Programa de Aceleração do Crescimento prevê investimentos de R$ 3 bilhões no setor aéreo até o final do governo Lula

MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

Depois de investir menos de 22% dos recursos previstos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para o ano, o governo vai liberar mais R$ 350 milhões para obras nos aeroportos. Com recursos do Ministério da Defesa, os investimentos serão feitos com o aumento de capital da Infraero. O decreto que prevê a ampliação será publicado no "Diário Oficial" da União de hoje.
Segundo a Casa Civil, o objetivo é aumentar os investimentos na estrutura aeroportuária. Mas, em resposta à Folha, a ministra Dilma Rousseff -gerente do PAC- reconheceu que há "atrasos" nos investimentos.
No primeiro semestre, foram investidos apenas R$ 190,5 milhões dos R$ 878 milhões previstos para os aeroportos em 2007. O PAC prevê investimentos de R$ 3 bilhões no setor até o final deste governo.
Oito aeroportos terão prioridade: Congonhas e Cumbica (SP), Santos Dumont (RJ), Vitória (ES), Goiânia (GO), Brasília (DF), Macapá (AP) e Salvador (BA).

Abertura
No mês passado, o Conac (Conselho de Aviação Civil) recomendou que o capital da Infraero fosse aberto -o que pode levar um ano. A estatal teve prejuízo de R$ 135,3 milhões em 2006. Os atrasos nos investimentos foram atribuídos pela Casa Civil a "erro técnico" na votação do Orçamento, que teria impedido gastos pelo Ministério da Defesa. Além disso, obras selecionadas pelo PAC tiveram irregularidades apontadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) .


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