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Em enterro, parentes pedem justiça
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
"Pedimos justiça, que a morte
de Chan não fique em vão." Com
essa mensagem estampada em
uma faixa, a Associação Cultural
Chinesa prestou homenagem ao
comerciante sino-brasileiro Chan
Kim Chang durante o seu enterro,
na tarde de ontem, no cemitério
Jardim de Saudade, em Mesquita
(Baixada Fluminense).
Amigos e familiares usaram fitas crepes coladas sobre a boca e o
rosto para protestar contra as autoridades encarregadas de investigar a morte do comerciante. O
sepultamento reuniu cerca de 300
pessoas. Quarenta coroas de flores, escritas em chinês, foram enviadas para o enterro.
O secretário estadual de Direitos Humanos, João Luiz Pinaud, e
o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia
Legislativa, deputado Alessandro
Molon (PT), estiveram presentes.
A mulher de Chang e seus dois
filhos, que vivem em San Diego
(EUA), não compareceram.
As homenagens ao comerciante
não se restringiram ao cemitério.
Chineses donos de pastelarias na
região metropolitana do Rio fecharam suas lojas ao meio-dia,
ontem, para irem ao enterro.
O advogado de Chang, David
Lopes, informou que deverá se
reunir com a família na segunda
para decidir se vai ou não processar o governo do Rio ou a União.
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