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São Paulo, sábado, 06 de setembro de 2003

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Secretário diz que não tolera abusos

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Saulo Abreu de Castro Filho, afirmou ontem que as denúncias de tortura feitas por Valdinei Sabino da Silva estão sendo apuradas pela Corregedoria da Polícia Civil e que não haverá tolerância caso seja comprovado abuso de autoridade.
Entretanto o secretário afirmou que o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) não possui "tradição" em casos de violência e chegou a afirmar que o garçom não havia sido torturado.
"Ele [Silva] confessou alguma coisa mediante tortura, violência, grave ameaça? Não. Ninguém o torturou, até porque, se fosse [feita a tortura] para ele confessar, teríamos uma confissão inidônea."
O secretário também considera que a prisão de Silva foi realizada de forma legal. Para o juiz José Fernando Azevedo Minhoto, da 2ª Vara Criminal de Itu, a prisão foi ilegal, já que os policiais entraram na casa de Silva sem mandado judicial. "Não vou polemizar com o juiz. Ele devia dizer isso nos autos. Vamos esperar o que ele vai decidir. Ele escreve e eu respondo por escrito", afirmou.
O secretário, que acompanhou ontem operação de incineração de drogas na cidade de Suzano, também atribuiu ao juiz a demora na soltura de Silva. Segundo ele, o diretor do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), Godofredo Bittencourt, foi a Itu assim que foi confirmada a inocência do garçom. "O magistrado não quis receber, disse que só no dia seguinte. Aí demorou o tempo que achou importante para analisar."
O delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antonio Desgualdo, disse que "em momento algum" Silva recebeu voz de prisão.

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