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MEMÓRIAS DO SUBSOLO
Cabos e tubulações que não estavam nas planilhas da prefeitura adiam entrega da via para outubro
Falta de mapa atrasa reforma da 25 de Março
DA REPORTAGEM LOCAL
"Surpresas" encontradas no
subsolo durante as obras vão atrasar em cerca de dois meses a revitalização da 25 de Março, uma das
mais antigas ruas de comércio do
centro de São Paulo. As intervenções deveriam ter sido concluídas
no dia 31 de agosto, segundo previsão inicial da prefeitura e da
Univinco (União do Lojistas da 25
de Março e Adjacências).
No entanto, cabos de telefonia,
eletricidade e televisão, tubulações de água, esgoto e gás e até galerias de água da chuva que literalmente não estavam no mapa dos
subterrâneos da cidade forçaram
mudanças e adaptações no projeto original. O prazo teve de ser,
então, revisto.
Tanto a Univinco como a prefeitura afirmam, porém, que não
existe risco de ocorrer um novo
atraso. De acordo com Gilber
Santana de Faria, assessor da presidência da união dos lojistas, as
novidades descobertas no subsolo da 25 de Março são fruto da idade avançada da rua.
"A prefeitura tem um cadastro
original do que as concessionárias
colocam no subterrâneo, mas,
quando há mudanças ou expansões na rede, esse cadastro não é
atualizado", diz, por sua vez, Felippe Naufel, coordenador do
Programa de Requalificação de
Ruas Comerciais da Secretaria
das Subprefeituras, do qual fazem
parte as obras na 25 de Março.
A revitalização é produto da
parceira entre o município e a
Univinco e deverá custar algo em
torno de R$ 2,2 milhões (R$ 240
mil pagos pelos lojistas e o restante pelos cofres públicos).
Para que a associação comercial
possa alargar as calçadas de 2,5
metros para até 7 metros, cabe à
prefeitura fazer o reposicionamento das guias e sarjetas e a revisão da rede de drenagem das
águas de chuva (bueiros).
O município também se compromete a colocar rampas de
acesso nas extremidades das faixas de pedestre, instalar sinalização e mobiliário urbano (lixeiras e
papeleiras), recapear a rua e fazer
melhorias na iluminação. Deve
também fazer o paisagismo.
Processo semelhante ocorreu
na rua João Cachoeira, no Itaim
Bibi (zona oeste). Lá, a freqüência
de consumidores aumentou entre
10% e 15% com a revitalização. É
essa a expectativa dos 2.500 comerciantes da 25 de Março.
A rua recebe em média 400 mil
compradores por dia, de acordo
com a Univinco.
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