São Paulo, segunda-feira, 06 de setembro de 2004

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MEMÓRIAS DO SUBSOLO

Cabos e tubulações que não estavam nas planilhas da prefeitura adiam entrega da via para outubro

Falta de mapa atrasa reforma da 25 de Março

DA REPORTAGEM LOCAL

"Surpresas" encontradas no subsolo durante as obras vão atrasar em cerca de dois meses a revitalização da 25 de Março, uma das mais antigas ruas de comércio do centro de São Paulo. As intervenções deveriam ter sido concluídas no dia 31 de agosto, segundo previsão inicial da prefeitura e da Univinco (União do Lojistas da 25 de Março e Adjacências).
No entanto, cabos de telefonia, eletricidade e televisão, tubulações de água, esgoto e gás e até galerias de água da chuva que literalmente não estavam no mapa dos subterrâneos da cidade forçaram mudanças e adaptações no projeto original. O prazo teve de ser, então, revisto.
Tanto a Univinco como a prefeitura afirmam, porém, que não existe risco de ocorrer um novo atraso. De acordo com Gilber Santana de Faria, assessor da presidência da união dos lojistas, as novidades descobertas no subsolo da 25 de Março são fruto da idade avançada da rua.
"A prefeitura tem um cadastro original do que as concessionárias colocam no subterrâneo, mas, quando há mudanças ou expansões na rede, esse cadastro não é atualizado", diz, por sua vez, Felippe Naufel, coordenador do Programa de Requalificação de Ruas Comerciais da Secretaria das Subprefeituras, do qual fazem parte as obras na 25 de Março.
A revitalização é produto da parceira entre o município e a Univinco e deverá custar algo em torno de R$ 2,2 milhões (R$ 240 mil pagos pelos lojistas e o restante pelos cofres públicos).
Para que a associação comercial possa alargar as calçadas de 2,5 metros para até 7 metros, cabe à prefeitura fazer o reposicionamento das guias e sarjetas e a revisão da rede de drenagem das águas de chuva (bueiros).
O município também se compromete a colocar rampas de acesso nas extremidades das faixas de pedestre, instalar sinalização e mobiliário urbano (lixeiras e papeleiras), recapear a rua e fazer melhorias na iluminação. Deve também fazer o paisagismo.
Processo semelhante ocorreu na rua João Cachoeira, no Itaim Bibi (zona oeste). Lá, a freqüência de consumidores aumentou entre 10% e 15% com a revitalização. É essa a expectativa dos 2.500 comerciantes da 25 de Março.
A rua recebe em média 400 mil compradores por dia, de acordo com a Univinco.

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