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Apesar da insatisfação com o corpo, jovens estudantes não melhoram a dieta
DA AGÊNCIA FOLHA
Apesar de crianças e adolescentes não estarem satisfeitos
com o corpo, eles não fazem nada para mudar esse quadro.
É o que conclui a pesquisa
feita na UFMG ao apontar que
nenhum dos 1.183 alunos entrevistados tem dieta adequada, com frutas, vegetais, fibras.
Dados mostram que 65% apresentaram dieta "muito inadequada", e os 35% restantes,
"inadequada". Além disso, 88%
têm dieta rica em gorduras.
O dado é resultado de um cálculo baseado em um questionário que confronta o consumo de
21 tipos de carnes e também de
lanches (como cachorro-quente e salgadinhos) com oito tipos
de frutas, vegetais e fibras.
Para a pesquisadora Ana Elisa Fernandes, a oferta de alimentos gordurosos é a principal responsável por essa realidade. "Em um shopping, um
prato de salada é mais caro que
um pedaço de pizza ou um sanduíche com batatas fritas e refrigerante. No supermercado,
os alimentos saudáveis custam
mais. Há um incentivo para o
consumo desses produtos, que
são muito mais saborosos."
Marília Guimarães, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, concorda e diz que a alimentação desbalanceada é
causada pelo fato de as crianças
justamente comerem cada vez
mais fora de casa.
De acordo com Fernandes,
"a vontade de perder peso não
se tornou motivação suficiente
para elas melhorarem a dieta".
Para a psicóloga da USP de
Ribeirão Preto (SP), Regina
Caldana, há ao menos dois fatores que contribuem para a dificuldade de mudar os hábitos
alimentares: a herança de uma
dieta ruim dos pais e a pressão
dos meios de comunicação.
A autora do estudo diz que só
os pais podem proteger os filhos da superexposição da mídia e dar a eles opções para
uma boa alimentação.
(TR e JCM)
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