São Paulo, quinta-feira, 06 de setembro de 2007

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Apesar da insatisfação com o corpo, jovens estudantes não melhoram a dieta

DA AGÊNCIA FOLHA

Apesar de crianças e adolescentes não estarem satisfeitos com o corpo, eles não fazem nada para mudar esse quadro.
É o que conclui a pesquisa feita na UFMG ao apontar que nenhum dos 1.183 alunos entrevistados tem dieta adequada, com frutas, vegetais, fibras. Dados mostram que 65% apresentaram dieta "muito inadequada", e os 35% restantes, "inadequada". Além disso, 88% têm dieta rica em gorduras.
O dado é resultado de um cálculo baseado em um questionário que confronta o consumo de 21 tipos de carnes e também de lanches (como cachorro-quente e salgadinhos) com oito tipos de frutas, vegetais e fibras.
Para a pesquisadora Ana Elisa Fernandes, a oferta de alimentos gordurosos é a principal responsável por essa realidade. "Em um shopping, um prato de salada é mais caro que um pedaço de pizza ou um sanduíche com batatas fritas e refrigerante. No supermercado, os alimentos saudáveis custam mais. Há um incentivo para o consumo desses produtos, que são muito mais saborosos."
Marília Guimarães, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, concorda e diz que a alimentação desbalanceada é causada pelo fato de as crianças justamente comerem cada vez mais fora de casa.
De acordo com Fernandes, "a vontade de perder peso não se tornou motivação suficiente para elas melhorarem a dieta".
Para a psicóloga da USP de Ribeirão Preto (SP), Regina Caldana, há ao menos dois fatores que contribuem para a dificuldade de mudar os hábitos alimentares: a herança de uma dieta ruim dos pais e a pressão dos meios de comunicação.
A autora do estudo diz que só os pais podem proteger os filhos da superexposição da mídia e dar a eles opções para uma boa alimentação. (TR e JCM)


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