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TRANSPORTE
Para governo de SP, construção do trecho sul do Rodoanel poderá ser acelerada para ser entregue até 2006
É possível concluir obra no prazo, diz Dersa
DA REPORTAGEM LOCAL
A Dersa avalia que, embora as
obras do trecho sul comecem
com atraso, é possível acelerar a
construção para terminá-la antes
do prazo de 42 meses (três anos e
meio) previsto no EIA-Rima.
"Há certa elasticidade no ritmo
da obra. Se houver dinheiro, dá
para apertar e fazer em três anos",
diz Rubens Mazon, coordenador
de gestão ambiental do Rodoanel
na Dersa, ao ser questionado sobre a possibilidade de Geraldo
Alckmin (PSDB) conseguir concluir a alça sul ainda em seu mandato, que termina em 2006.
Mazon ressalva que, se houver
mais atrasos no cronograma, por
causa de problemas judiciais na licitação ou pela não-aprovação
imediata do traçado no Consema,
por exemplo, a obra dificilmente
será entregue pela atual gestão.
Além das questões ambientais,
as indefinições financeiras também podem atrasar a alça sul. O
trecho oeste do Rodoanel, de 32
km, concluído no mês passado
após três anos e meio de obras, sofreu interrupções em sua construção por causa do atraso nos repasses do governo federal, responsável por um terço dos gastos.
A intenção da Dersa ainda é
contar com alguma participação
da iniciativa privada na alça sul,
mas os estudos sobre essa viabilidade ainda estão começando.
Para 2003, as obras do Rodoanel
contam com uma previsão orçamentária de R$ 50 milhões do Estado e de R$ 33 milhões da União.
A Prefeitura de São Paulo, que, na
gestão Celso Pitta, desistiu de colaborar com a divisão dos custos,
não voltou, na gestão Marta Suplicy (PT), a mostrar interesse.
Na avaliação da Dersa, os atrasos no cronograma das audiências públicas devem ampliar a discussão sobre a importância da
obra, defendida por especialistas
não só para retirar parte do tráfego de caminhões das marginais
como para interligar os municípios da região metropolitana.
Segundo Mazon, a ordem de
serviço para a realização do projeto executivo da alça sul deve ser
dada neste ou no próximo mês.
Enquanto os ambientalistas resistem aos traçados futuros do
Rodoanel, as prefeituras do ABC,
beneficiadas pela alça sul, pressionam para apressar as obras.
Renato Luiz Maués, do Consórcio Intermunicipal do Grande
ABC, diz que deverá propor um
desmembramento dos futuros
trechos -ou seja, que a alça sul
seja aprovada antes e que as demais sejam discutidas depois.
"Socialmente e ambientalmente
não faz sentido desmembrar.
Quando se constrói a alça sul, já se
limita os traçados nas demais",
diz Mazon, embora a Dersa tenha
feito a oeste sem analisar os impactos do Rodoanel inteiro.
(AI)
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