São Paulo, quarta-feira, 06 de novembro de 2002

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Vereador acusa PT de não cumprir acordo

MELISSA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Vereadores da base de sustentação da prefeita Marta Suplicy (PT) na Câmara Municipal de São Paulo acusam o governo de condicionar a concessão de cargos, prometidos para garantir a votação de projetos do Executivo já aprovados pela Casa, a novas demonstrações de apoio dos aliados.
Segundo vereadores, promessas de loteamento de cargos que ajudaram a aprovar o Plano Diretor e as subprefeituras ainda não foram cumpridas e seu pagamento está sendo vinculado ao apoio dos aliados à pré-candidatura de Arselino Tatto (PT) à presidência da Câmara e à aprovação da proposta orçamentária para o próximo ano. Tatto nega.
"Houve acordos feitos com o líder do governo que não foram cumpridos. A promessa era de que após as eleições isso aconteceria, mas agora vem o Orçamento e a disputa da Mesa e querem vincular tudo aquilo que já foi acordado a novas aprovações", disse Rubens Calvo (PSB). Calvo diz que as indicações feitas por ele e por outros vereadores não estão sendo atendidas pelo governo.
Segundo ele, o fato de o PT não estar cumprindo acordos fortalece a candidatura de Antônio Carlos Rodrigues (PL) à presidência da Casa. "Nós entendemos que lançar um candidato da base governista não é rachar", disse.

Namoro
A pouco tempo da definição dos novos membros da Mesa Diretora da Casa- a eleição pode ser antecipada de 15 para 1º de dezembro-, PT e PL correm atrás do PSDB para pedir apoio.
Questionado sobre uma possível participação na chapa do PT, o tucano Gilberto Natalini, membro da maior bancada de oposição na Câmara, admite que seu partido está negociando com os dois candidatos. "Por que não?"
Segundo Natalini, os tucanos vêm recebendo pedidos de apoio tanto do PT quanto do PL. "Queremos fazer uma Mesa ampla e um dos critérios para isso é a proporcionalidade", disse o líder do PT, João Antônio.


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