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Justiça barra corte em salário de servidor
DA REPORTAGEM LOCAL
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Paulo
conseguiu ontem uma liminar na
Justiça que suspendeu a portaria,
publicada na semana passada pela Secretaria de Gestão Pública,
que promovia cortes de benefícios incorporados ao salário de 27
mil funcionários do município.
"Isso é uma prova de que a atitude da prefeitura foi ilegal", disse
o vereador Cláudio Fonseca (PC
do B), presidente do sindicato dos
professores municipais.
A portaria, baseada na emenda
constitucional de 4 de junho de
1998, estabeleceu que o cálculo de
benefícios como a sexta parte
-aumento de 1/6 sobre o salário
após 20 anos de serviço- e outras doze gratificações fosse realizado sobre o salário padrão, excluindo os adicionais.
Para os servidores, a medida é
ilegal, porque não deveria ser feita
por portaria, mas, sim, por decreto ou projeto de lei, e fere os direitos adquiridos por eles.
"É uma vitória muito grande
dos servidores", disse a presidente da Federação das Associações
Sindicais da Prefeitura de São
Paulo, Berenice Gazoni.
Segundo Berenice, temendo
que a prefeitura recorra na Justiça
contra a liminar, o fórum das entidades sindicais não irá negociar
mais com a secretaria enquanto a
portaria não for revogada.
"Vamos enviar um ofício à Câmara pedindo que a portaria seja
sustada, porque houve usurpação
de competência por parte do Executivo", disse Berenice.
De acordo com Fonseca, se a
atitude da secretária de Gestão
Pública, Helena Kerr do Amaral, é
correta, a prefeitura deveria estendê-la a toda administração
municipal. "A mesma emenda
constitucional na qual se baseia a
portaria afirma que os secretários
municipais não podem receber
benefícios como verba de representação, o que não acontece".
Segundo a secretaria, a criação
de subsídio para os secretários é
iniciativa do Legislativo e, portanto, está regular. Quanto à liminar
obtida pelo sindicato, a prefeitura
ainda não decidiu o que fazer.
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