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Abrahim sofria de depressão
em Belo Horizonte
Stênio Abrahim sofria de depressão e ameaçava matar a família, segundo depoimento dado por um
de seus cunhados Gleiner Adail de
Almeida Franco à Divisão de Homicídios da Polícia Civil de Belo
Horizonte.
Médico, Franco disse que o quadro de Abrahim tinha se agravado
com os problemas financeiros. Ele
teria vendido duas casas lotéricas
para saldar dívidas contraídas há
cerca de dois anos, segundo a amiga Estelita Palhares.
Segundo Franco, a família está
traumatizada. Os corpos foram liberados pelo Instituto Médico Legal somente às 15h e sepultados
entre 17h e 17h30 no Cemitério
Parque da Colina. A mulher de
Abrahim estava no local, mas bastante sedada.
Palhares, dona da escola em que
a mulher de Abrahim, Gleusa, trabalha, disse que Abrahim vinha
sendo ajudado financeiramente
pelos cunhados, donos de dois
prédios comerciais no centro de
Belo Horizonte.
Um deles, Gledston Franco, foi
quem comprou uma das lotéricas
de Abrahim. O filho mais velho,
Stênio de Almeida, dava aulas particulares de computação e vendia
computadores com o pai.
Segundo Palhares, não há razões
para os crimes. ``Ele era apaixonado pela família. Isso não se justifica
de jeito nenhum.'' Palhares acredita que Abrahim pretendia também
matar a mulher, pois a teria procurado no final da tarde pedindo que
retornasse logo para casa.
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