São Paulo, sexta, 7 de fevereiro de 1997.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Abrahim sofria de depressão

em Belo Horizonte

Stênio Abrahim sofria de depressão e ameaçava matar a família, segundo depoimento dado por um de seus cunhados Gleiner Adail de Almeida Franco à Divisão de Homicídios da Polícia Civil de Belo Horizonte.
Médico, Franco disse que o quadro de Abrahim tinha se agravado com os problemas financeiros. Ele teria vendido duas casas lotéricas para saldar dívidas contraídas há cerca de dois anos, segundo a amiga Estelita Palhares.
Segundo Franco, a família está traumatizada. Os corpos foram liberados pelo Instituto Médico Legal somente às 15h e sepultados entre 17h e 17h30 no Cemitério Parque da Colina. A mulher de Abrahim estava no local, mas bastante sedada.
Palhares, dona da escola em que a mulher de Abrahim, Gleusa, trabalha, disse que Abrahim vinha sendo ajudado financeiramente pelos cunhados, donos de dois prédios comerciais no centro de Belo Horizonte.
Um deles, Gledston Franco, foi quem comprou uma das lotéricas de Abrahim. O filho mais velho, Stênio de Almeida, dava aulas particulares de computação e vendia computadores com o pai.
Segundo Palhares, não há razões para os crimes. ``Ele era apaixonado pela família. Isso não se justifica de jeito nenhum.'' Palhares acredita que Abrahim pretendia também matar a mulher, pois a teria procurado no final da tarde pedindo que retornasse logo para casa.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright 1996 Empresa Folha da Manhã