DA REPORTAGEM LOCAL

A segunda parte da mudança no atendimento do Hospital das Clínicas de São Paulo será realizada no pronto-socorro.
Segundo o superintende do hospital, José Manoel de Camargo Teixeira, a idéia é, primeiramente, separar fisicamente os casos graves -como fraturas- que chegam à atual área de urgências e emergências, dos simples .
O paciente com gripe e dor de cabeça, por exemplo, será atendido em uma área à parte. Hoje, a porta de entrada é a mesma.
Aqueles que sofrem de problemas que não demandam atendimento complexo receberão o primeiro atendimento, mas também uma orientação para, na próxima vez, buscar um dos 387 postos de saúde gerenciados pela prefeitura.
O hospital calcula que dos 45.830 atendimentos mensais no PS, cerca de 400 por dia, 12.000 por mês (26%), poderiam ser resolvidos na unidade básica.
A idéia é fazer a mudança neste trimestre. O superintendente reafirmou a intenção do hospital de, já neste mês, extinguir o número de telefone da unidade que permite aos próprios pacientes marcarem suas consultas. Cerca de 20.000 ligações telefônicas sobrecarregam o sistema de atendimento todos os dias, mas a maioria não resulta em atendimento.
A prefeitura, que controla todas as unidades básicas, informa que não há prazo para a mudança no atendimento do hospital e que espera que a unidade não tome medidas precipitadas. Há déficit de médicos nos postos de saúde e o município planeja contratar 900 profissionais mediante concurso.
Teixeira, contudo, disse que serão feitas reuniões neste mês para acertar o novo sistema. O hospital tem autonomia para fazer mudanças no agendamento e não tem ainda suas vagas controladas pelo município. (FABIANE LEITE)


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