LILIAN CHRISTOFOLETTI
enviada especial a Porto Seguro

Durante o Carnaval em Porto Seguro (BA), um batalhão de homens, mulheres e crianças trabalha das 20h às 5h para ganhar cerca de R$ 15 por dia catando latas de alumínio. O quilo da latinha é vendido para empresas de reciclagem por R$ 1.
"É difícil, mas preciso do dinheiro", disse Maria da Ajuda de Jesus Santos, 32, grávida de sete meses. O garoto Reginaldo Santana, 15, que parou de estudar, disse que o dinheiro é para pagar o aluguel do barraco em que vive com o irmão e com o primo. "É chato ficar catando latinha com todo mundo se divertindo", disse.
Já o catador Alcides Novais dos Santos, 24, disse que fica feliz com o Carnaval. "Prefiro catar latinhas do que ficar dançando na rua", disse Santos.
O desempregado Valdir de Jesus, 36, também concorda. "Vivo de "bicos" e o Carnaval ajuda muito. Vou trabalhar até sábado (quando termina o Carnaporto) na ruas e vou trabalhar também na festa dos 500 anos", afirmou.



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