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Casa do ministro Miguel Jorge é assaltada em SP
Imóvel no Morumbi, bairro nobre da capital, foi invadida por homens armados
Titular da pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior não estava, mas empregados ficaram reféns pelo grupo
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Quatro homens armados invadiram e assaltaram ontem de
madrugada a casa do ministro
do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior, Miguel
Jorge, no Morumbi, bairro nobre da zona sul de São Paulo.
Os ladrões, que não usavam
capuzes, roubaram jóias e dinheiro e fugiram num dos cinco
carros que estavam na garagem. O ministro, a mulher dele
e os filhos não estavam na casa
quando os ladrões entraram,
por volta das 5h30. Eles renderam duas empregadas, que chegaram com seus filhos, duas
crianças. Ninguém foi agredido
ou ferido.
A casa do ministro fica em
uma rua sem saída, onde estão
outros 26 imóveis. A área é protegida por uma portaria com
segurança particular e câmeras
de vigilância. Segundo a Polícia
Civil, a ação durou 40 minutos.
Eles não sabiam que o imóvel
pertence a um ministro.
"Eles não são uma quadrilha
organizada. Estavam dispostos
a pegar a primeira pessoa que
aparecesse", disse o delegado
Wilson Roberto Zampieri, do
34º Distrito Policial, na Vila Sônia, onde o caso foi registrado.
Para entrarem no local sem
serem vistos pelas câmeras de
segurança da portaria, os assaltantes pularam os muros de
uma obra, na avenida Giovanni
Gronchi. Ela faz fundos com
um terreno vazio, que dá acesso
à rua da casa do ministro.
Ao chegar para trabalhar na
casa do ministro na companhia
da filha de cinco anos, a empregada doméstica Tania Regina
Ody Mateus, 42, foi rendida pelos assaltantes e obrigada a
abrir o portão do corredor lateral da casa. Segundo a polícia,
um dos criminosos perguntou
quem morava ali. "O ministro
Miguel Jorge", teria dito Tania.
Por volta das 6h, chegou a cozinheira Luciane dos Santos
Ferreira, 32, com o filho pequeno e o marido, que estava de
carro. Quando os três entraram, Luciane, que caminhava
na frente com o filho, foi rendida. Ao ver o bandido apontando
a arma para a cabeça da mulher,
seu marido correu e foi chamar
a polícia. "Eu só pensei em
Deus", disse Luciane. "Cinco
minutos depois, os policiais
vieram, mas os bandidos já tinham fugido com os bens."
Os quatro criminosos haviam levado as jóias e dinheiro
(R$ 150 e alguns dólares), que
estavam no quarto do ministro.
Eles usaram um Golf, que estava na garagem, para fugir. Como o carro tem vidros escuros,
o porteiro não teria visto quem
queria sair do condomínio e
permitiu sua passagem. A polícia investiga se houve facilitação por parte do funcionário.
"No ano passado, houve um
arrastão em três casas. Eu mesma fui vítima. Hoje moro com
nove cachorros para me proteger", reclamou a veterinária
Chang Mei, 55, vizinha do ministro. Procurado, Miguel Jorge não quis comentar o caso.
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