São Paulo, sexta-feira, 07 de maio de 2004

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Mães vêem com esperança coleta de recém-nascido

FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

Mães de crianças portadoras de leucemia encontraram na coleta do sangue do cordão umbilical a esperança de cura no tratamento contra o câncer.
Grávida de oito meses, a dona-de-casa Suzidali Alves de Moraes Peixoto, 35, tem um filho de cinco anos com leucemia. O sangue do cordão umbilical do filho que vai nascer será coletado na Unicamp.
Há dois anos e três meses, o garoto faz tratamento no Centro Boldrini, em Campinas (95 km de SP). Em um mês, ele deve terminar o tratamento preventivo.
Peixoto diz que não engravidou por conta da doença de seu filho. Ela afirmou, porém, ter ficado esperançosa com a possibilidade de fazer a coleta do sangue do cordão. "A coleta será feita por precaução, caso ele necessite de um transplante de medula. Caso contrário, o sangue dele poderá ajudar outros pacientes que possuem o mesmo problema."
A advogada Valéria Rodrigues, 34, recorreu a um banco internacional de cordão umbilical para fazer o transplante em seu filho Henrique, hoje com dois anos.
Rodrigues descobriu a doença quando a criança tinha quatro meses. "As chances de vida do meu filho sem transplante eram de 5%."
Por não encontrar um doador no Brasil, Rodrigues importou uma bolsa dos EUA, por R$ 20 mil. A cirurgia foi feita no Inca, no Rio, em outubro de 2002, quando a criança tinha nove meses. Após alguns meses, Rodrigues engravidou e coletou preventivamente o sangue do cordão de sua filha Larissa, hoje com quatro meses.
"A coleta foi feita por precaução, pois hoje o meu filho tem a medula óssea curada."


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