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Outro lado
Alstom nega envolvimento em corrupção
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PARIS
A Alstom nega ter envolvimento nas práticas de
corrupção e pagamento de
propina. Procurada pela
Folha, a empresa afirmou
que não comentaria "pontos específicos" das acusações. Em comunicado oficial, a companhia diz que
as informações publicadas
são baseadas em "hipóteses e especulações e que
mencionam pessoas que
nunca fizeram parte da
empresa ou que deixaram
o grupo em 2001".
As investigações sobre
as atividades da Alstom foram conduzidas pela Divisão Nacional de Investigações Financeiras, órgão ligado ao Ministério do Interior da França, que ontem não respondeu às ligações da Folha.
Em Paris, os juízes Renaud van Ruymbeke e Xavière Simeoni são os responsáveis pelo caso, mas,
até o momento, a Alstom
não foi acusada.
A Alstom diz que não foi
investigada por corrupção, e que nas audiências
citadas seus funcionários
participaram como testemunhas.
A maioria dos atos investigados ocorreram antes de 2000. A lei francesa
não considerava como crime o ato de pagar propinas para obter contratos
no exterior. A lei mudou
em 2000, quando o ato
passou a ser punido com
até dez anos de prisão.
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirma não haver constrangimento devido à investigação. "Eu não tenho conhecimento. Mas se tiver que
investigar, que se investigue. Eu assumi o governo
em 2001, mas, se o contrato foi assinado no período
do governador [Mário]
Covas, tenho certeza de
que ele teria o mesmo
pensamento: apure-se."
A Folha procurou ontem quatro ex-presidentes
do Metrô durante as décadas de 1990 e 2000. Miguel Kozma, ex-presidente (2002-2003) e secretário-adjunto de Transportes Metropolitanos entre
1995-2002, disse não se
lembrar de nenhum grande contrato com a Alstom.
O antecessor de Kozma,
o físico Caetano Jannini
Neto, também foi procurado. Há um telefone em
nome dele em Campinas
(SP), que não era atendido
ontem à tarde.
Também foi procurado
Antonio Sergio Fernandes, presidente do Metrô
na década de 1990, mas ele
não foi localizado ontem.
O mesmo ocorreu com
Paulo Goldschimidt.
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