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"Nunca fiz nada errado", diz escrivão
DA REPORTAGEM LOCAL
O escrivão Édes Ferreira Lopes, da delegacia de
Cotia, diz que não teve envolvimento com contrabandistas de cigarro e que
nunca recebeu dinheiro de
ninguém. "Sou completamente inocente. Nunca fiz
nada errado. Nem bico eu
faço", disse, referindo-se
ao trabalho que policiais
fazem fora do expediente.
Wagner Lombisani, delegado seccional de Carapicuíba, afirma que há um
inquérito policial aberto
pela corregedoria sobre o
caso e que não é um erro
manter o escrivão trabalhando. "Estaria errado se
a função dele atrapalhasse
a investigação. Não podemos condenar ninguém
antecipadamente", diz.
O delegado seccional de
Taboão da Serra, Erasmo
Pedroso, conta que entre
os 400 policiais sob seu comando há um agente do
Garra chamado Osmar.
Ele será ouvido pela corregedoria, diz Pedroso.
A Corregedoria Geral da
Polícia Civil na capital
afirma que não recebeu informações da Polícia Federal sobre o 28º Distrito
Policial. Por isso, não pode
comentar os telefonemas.
A Sudamax diz, por
meio de seus advogados,
Fernando Castelo Branco
e José Raul Vasconcelos,
que é alvo de uma "guerra
comercial" iniciada por
grandes fabricantes de cigarros. Segundo Castelo
Branco, as versões sobre a
suposta corrupção policial
apontadas pela Operação
Bola de Fogo "não correspondem à realidade".
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