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"Feirinha da madrugada" surge no Brás
DA REPORTAGEM LOCAL
A determinação judicial para
que a prefeitura tire os camelôs
ilegais das ruas até o dia 19 deste
mês vale só para a Subprefeitura
da Sé e, enquanto os ambulantes
da 25 de Março enfrentam fiscalização, uma nova "feirinha da madrugada" já surgiu na rua Oriente,
numa parte do Brás que pertence
à Subprefeitura da Mooca.
Há cerca de um mês, entre 500 e
mil ambulantes sem permissão de
trabalho, filiados ao Sindicato dos
Camelôs Independentes de São
Paulo, ocupam as calçadas até por
volta das 7h30 para vender seus
produtos. Só que, nesse caso, não
há reclamações por parte dos comerciantes locais, e o delegado da
região já foi colocado a par da situação, segundo o presidente do
sindicato, Afonso José da Silva.
"Colocamos segurança na rua,
não permitimos venda de produtos falsificados, contrabando nem
nada ilegal e limpamos a rua
quando a feira acaba", diz. Tudo
isso a um preço de R$ 40 por mês,
por barraca. "A subprefeitura não
se manifestou ainda", afirma.
A situação pode mudar. Segundo a assessoria de imprensa da
Subprefeitura da Mooca, já foi feita uma avaliação da feira e o próximo passo é tentar negociar com
os ambulantes a saída pacífica do
local. Caso isso não funcione, a
atuação passará a ser mais firme.
Segundo camelôs que trabalhavam na 25 de Março, muitos dos
ex-colegas migraram para a rua
Oriente para fugir da ofensiva da
prefeitura. "É por isso que não temos força para lutar aqui na 25",
diz a ambulante Sandra Brito. Silva nega a troca de lugar.
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