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São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2003

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Grupo da 25 quer ir para a rua Mauá

DO "AGORA"

Os moradores da rua Mauá, no Brás (centro de SP), acordaram com novos vizinhos na manhã de ontem. João da Bolsa, Barba, Gaúcho, Mary, Nardier, Sara, David e Faustão eram os nomes de alguns deles, escritos a giz, lasca de tijolo, tinta ou cal sobre a calçada.
Os novos "donos" da rua eram os camelôs da antiga "feirinha da madrugada" da rua 25 de Março, que, desde 27 de julho, é coibida por guardas-civis, policiais militares e fiscais da prefeitura.
Com os nomes escritos no chão, os camelôs queriam demarcar seu eventual novo local de trabalho. Temendo os carros da Guarda Civil e da Polícia Militar que passavam constantemente pela rua, eles evitaram, porém, erguer barracas. A demarcação irritou os moradores da rua, que, munidos de baldes, mangueiras e vassouras, tentavam limpar as calçadas.
"Eles [camelôs] vão trazer mais sujeira e violência. Se ficarem, vou embora no ato", disse a comerciária Jussara Macedo Soares, 42.
Ainda pela manhã, cerca de cem ambulantes que trabalhavam na "feirinha da madrugada" fizeram uma passeata pela 25 de Março e ruas adjacentes, protestando contra a proibição do comércio. Não houve tumulto. "Queremos trabalhar pelo menos próximo à 25 de Março", disse Amílcar Pinheiro, coordenador da feirinha.
"Amanhã [hoje], às 3h, estarei na rua Mauá para vender meus produtos", afirmou Sara Brito, que comercializava alimentos de madrugada na 25 de Março.


Colaborou a Reportagem Local


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