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CPI vai propor leis que definam o crime organizado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com foco maior no PCC, o
relatório final da CPI do Tráfico de Armas vai propor novas
leis para a tipificação penal do
crime organizado, do terrorismo criminal e da receptação
qualificada -este último para
enquadrar advogados que aceitem pagamentos feitos com
"dinheiro sujo".
O relator da CPI, deputado
Paulo Pimenta (PT-RS), não
quis detalhar como serão definidas as organizações criminosas, mas disse que os casos de
terrorismo praticados por elas
precisam ser distinguidos do
rol de crimes políticos. Citou
como exemplo de terrorismo o
seqüestro da reportagem da TV
Globo, no mês passado em SP.
A CPI também vai propor o
endurecimento do direito de
visitas entre presos e advogados. Em ponto mais polêmico,
pretende também criar o crime
de receptação qualificada como
resposta ao financiamento de
advogados pelo crime organizado, conforme relatado pelo
chefe do PCC, Marco Camacho,
o Marcola. Pimenta usou o
exemplo de Ariane dos Anjos,
ex-advogada de Marcola, como
justificativa. Seu nome consta
da contabilidade da facção, mas
ela defende que não tem obrigação de perguntar sobre a origem do dinheiro que recebe. A
CPI também quer propor que
as verbas federais para segurança pública não possam ser
contingenciadas e que várias
atribuições de fiscalização da
indústria de armas passe do
Exército para a Polícia Federal.
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