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Ato violento é imprevisível
da Reportagem Local
Identificar doentes que tenham
todos os elementos para disparar
o gatilho é difícil, não existem características lineares de comportamento e os atos são geralmente
imprevisíveis.
As várias doenças do estudante
Mateus da Costa Meira não foram
percebidas pelos colegas de classe
nem por seus professores, mesmo
dentro dos muros de uma faculdade de medicina.
Numa cidade de personagens
anônimos, as patologias muitas
vezes são rotuladas de esquisitices. Como seu desempenho escolar não foi totalmente afetado, sua
"loucura" passou despercebida.
"Há anos ele vinha sinalizando
que estava doente, chegou a disparar um tiro no banheiro no cinema, mas não encontrou ninguém para dizer que não fizesse
aquilo", diz Cecília Casali Oliveira, psicóloga da PUC (Pontifícia
Universidade Católica) de São
Paulo.
De acordo com o psiquiatra Jair
Mari, da Universidade Federal de
São Paulo, a solução para esse
problema é um desafio entre os
profissionais da área.
"Para tomar medidas preventivas teríamos de submeter uma
quantidade grande de pessoas a
uma série de restrições. Tudo isso
para atingir aquela que realmente
representa um risco à segurança
da população", diz.
(PL e AB)
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