São Paulo, Domingo, 07 de Novembro de 1999
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Ato violento é imprevisível

da Reportagem Local

Identificar doentes que tenham todos os elementos para disparar o gatilho é difícil, não existem características lineares de comportamento e os atos são geralmente imprevisíveis.
As várias doenças do estudante Mateus da Costa Meira não foram percebidas pelos colegas de classe nem por seus professores, mesmo dentro dos muros de uma faculdade de medicina.
Numa cidade de personagens anônimos, as patologias muitas vezes são rotuladas de esquisitices. Como seu desempenho escolar não foi totalmente afetado, sua "loucura" passou despercebida.
"Há anos ele vinha sinalizando que estava doente, chegou a disparar um tiro no banheiro no cinema, mas não encontrou ninguém para dizer que não fizesse aquilo", diz Cecília Casali Oliveira, psicóloga da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo.
De acordo com o psiquiatra Jair Mari, da Universidade Federal de São Paulo, a solução para esse problema é um desafio entre os profissionais da área.
"Para tomar medidas preventivas teríamos de submeter uma quantidade grande de pessoas a uma série de restrições. Tudo isso para atingir aquela que realmente representa um risco à segurança da população", diz.
(PL e AB)

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