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"Habituação" alivia músico
especial para a Folha
O músico Gilberto Favery voltou de um show há dois anos e
dormiu normalmente. No dia seguinte, pela manhã, sentiu um
zumbido agudo em um ouvido.
"Quando eu acordei, percebi o
ruído. Parou uma semana e quando voltou não parou mais."
Ele também tinha hipersensibilidade a sons agudos, um quadro
comum a quem tem zumbido.
Favery resolveu então se submeter a um tratamento de "habituação". A hipersensibilidade diminuiu, o zumbido baixou, mas ele
ainda não pode ir a shows sem
uma proteção no ouvido.
Ele diz ainda que não suportava
ficar em lugares silenciosos, pois
o zumbido constante interferia
muito em seu estado psicológico.
Sono
Miguel Angelo Yalente Perosa,
psicoterapeuta, sente o zumbido
nos dois ouvidos. O ruído começou em um ouvido e, meia hora
depois, já "atazanava" o outro.
Faz três anos que o zumbido
apareceu e Pedrosa diz que
aprendeu a conviver com ele.
"No começo eu fiquei muito
preocupado, mas agora eu não
presto mais atenção. Eu sinto, porém, que ele tira a qualidade do
meu sono. Hoje eu descanso menos quando eu durmo do que
descansava antes", lamenta.
Conversando com outras pessoas que têm zumbido, Pedrosa
foi tirando a impressão de que ele
iria inviabilizar sua rotina normal. "A gente se esquece que tem
zumbido, mas eu gostaria de curá-lo", afirma.
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