São Paulo, Domingo, 07 de Novembro de 1999
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"Habituação" alivia músico

especial para a Folha

O músico Gilberto Favery voltou de um show há dois anos e dormiu normalmente. No dia seguinte, pela manhã, sentiu um zumbido agudo em um ouvido.
"Quando eu acordei, percebi o ruído. Parou uma semana e quando voltou não parou mais."
Ele também tinha hipersensibilidade a sons agudos, um quadro comum a quem tem zumbido. Favery resolveu então se submeter a um tratamento de "habituação". A hipersensibilidade diminuiu, o zumbido baixou, mas ele ainda não pode ir a shows sem uma proteção no ouvido.
Ele diz ainda que não suportava ficar em lugares silenciosos, pois o zumbido constante interferia muito em seu estado psicológico.

Sono
Miguel Angelo Yalente Perosa, psicoterapeuta, sente o zumbido nos dois ouvidos. O ruído começou em um ouvido e, meia hora depois, já "atazanava" o outro.
Faz três anos que o zumbido apareceu e Pedrosa diz que aprendeu a conviver com ele.
"No começo eu fiquei muito preocupado, mas agora eu não presto mais atenção. Eu sinto, porém, que ele tira a qualidade do meu sono. Hoje eu descanso menos quando eu durmo do que descansava antes", lamenta.
Conversando com outras pessoas que têm zumbido, Pedrosa foi tirando a impressão de que ele iria inviabilizar sua rotina normal. "A gente se esquece que tem zumbido, mas eu gostaria de curá-lo", afirma.


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