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Telefônica reconhece problemas
da Reportagem Local
O vice-presidente de operações da Telefônica, Ivan Campagnolli, admite os problemas
causados pela subcontratação
de funcionários.
Ele argumenta, no entanto,
que esses transtornos ocorrem
em razão de contratos firmados pela Telesp em 1996 e que
ainda estão em vigor. "Não é
uma situação em que você tenha por contrato ou por todos
os procedimentos um controle
absoluto", disse Campagnolli.
Segundo ele, nos novos contratos feitos pela Telefônica,
que estabelecem limite de 30%
para a subcontratação, a empresa tem como fiscalizar o trabalho dos funcionários. Leia
abaixo trechos da entrevista.
Folha - Como a Telefônica
controla as subcontratações
das empreiteiras?
Ivan Campagnolli - Tenho
fiscais em campo. E as empresas hoje estão delimitadas por
área geográfica.
Folha - Encontramos pelo
menos quatro empresas trabalhando em uma mesma
área.
Campagnolli - A gente sabe
que há problemas. Isso (delimitação de serviço por região)
vale para os contratos assinados em março e julho. Os contratos antigos ainda estão em
vigor e, nesses casos, podem
subcontratar quem quiser.
Folha - Se é de conhecimento da Telefônica, o que é feito
para controlar isso?
Campagnolli - Chamamos as
empresas quando se tem uma
reclamação consistente. A minha expectativa é que eu possa
me justificar por um nível de
subcontratação inadequado,
por um nível de problemas fora
do comum, por mais 30, 40
dias, porque os contratos antigos ainda estão em vigor.
Folha - Quer dizer que depois desse prazo não haverá
mais problemas com subcontratação?
Campagnolli - Com subcontratação e com impossibilidade
de eu tomar uma ação mais incisiva em cima do contratado,
sim.
Folha - Se a subcontratação
traz problemas, porque é
30% e não zero a possibilidade nos novos contratos?
Campagnolli - Às vezes deixar que esse tipo de trabalho
seja subcontratado pode ser
uma boa porque pode ser alguém mais especializado.
Folha - Como isso se aplica
na instalação de telefones?
Campagnolli - Nesse caso
você pode permitir uma subcontratação em razão de estar
exigindo dele um volume de
mão-de-obra que ele imediatamente não tem. Então, ele pode, para complementar sua
mão-de-obra, num um limite
de 30% para não comprometer
a estrutura de controle.
Folha - Mas isso afeta diretamente a segurança do
usuário. A responsabilidade
não é da Telefônica?
Campagnolli - Afeta não só a
segurança dele como a imagem
da minha empresa. Agora a
gente tem um contrato, que é
legítimo e não dá as ferramentas de controle.
Folha - Eu tenho depoimentos sobre subcontratação na
CCO, que tem contrato novo
com a Telefônica.
Campagnolli - A CCO sabe
das regras e que tem fiscalização. Mas a CCO também presta
serviço para essas empresas
que ganharam em 1996 o turn
key. Nada impede de ela estar
trabalhando dentro do contrato novo e, de outra maneira, no
contrato antigo.
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