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Prefeita tenta manter os cortes em benefícios do funcionalismo
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo anunciou ontem que vai recorrer da
decisão da Justiça, que concedeu
liminar ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São
Paulo cassando a portaria da Secretaria de Gestão Pública, que
promoveu cortes nos benefícios
de 27 mil servidores.
Baseada na emenda constitucional de 4 de junho de 1998, a
portaria estabeleceu que o cálculo
de benefícios como a sexta parte
-aumento de 1/6 sobre o salário
após 20 anos de serviço- e outras 12 gratificações fossem realizadas sobre o salário padrão, excluindo os adicionais.
Para os funcionários do município, a medida é ilegal porque não
deveria ser feita por portaria, mas
sim por decreto ou projeto de lei,
e fere os direitos adquiridos.
A decisão da prefeitura desagradou aos sindicalistas. "Vamos
continuar lutando, agora mais do
que nunca. Os servidores estão se
sentindo traídos", disse a presidente da Federação das Associações Sindicais da Prefeitura de
São Paulo, Berenice Gazoni.
De acordo com Berenice, os
funcionários públicos do município decidiram não participar mais
de nenhum tipo de negociação
com a prefeitura caso a portaria
não seja retirada. "Enviamos um
ofício à Câmara Municipal pedindo que revogue a medida", disse.
Para ela, a atitude da prefeitura é
surpreendente e inédita. "Já vi a
prefeitura não dar reajuste, mas
cortar salário é a primeira vez."
O Sinpeem (sindicato dos professores municipais) disse que vai
organizar uma paralisação da categoria na próxima semana para
protestar contra a portaria publicada pela secretaria.
Segundo a prefeitura, a medida
é apenas uma adequação à lei federal e seu cumprimento é uma
questão de legalidade no uso dos
recursos públicos.
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