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SAÚDE
Prefeitura passa para R$ 1,4 milhão/mês gastos com prevenção da doença
Rio amplia verba de combate à dengue
DA SUCURSAL DO RIO
Na tentativa de evitar uma nova
epidemia de dengue, a Secretaria
de Saúde da Prefeitura do Rio
contratou 1.350 agentes sanitários
e aumentou a verba para combate
e prevenção da doença de R$ 1 milhão para R$ 1,4 milhão/mês.
Apesar das medidas tomadas, um
novo surto pode acontecer caso
haja a reinserção dos vírus tipo 1 e
2 da dengue que, desde 1996 não
circulam no município do Rio.
Especialistas ouvidos pela Folha
também temem uma nova epidemia no interior do Estado, provocada pelo vírus tipo 3 da doença,
que até o ano passado ainda não
havia se instalado na região.
Mesmo considerando o contingente de agentes de saúde (2.700)
suficiente, a secretaria disse que
contratará, em dezembro, mais
mil com um concurso público.
Para o entomologista Anthony
Érico Guimarães, da Fiocruz
(Fundação Oswaldo Cruz), o problema está na falta de atuação dos
agentes nos chamados macrofocos: terrenos baldios, ferros-velhos, piscinas abandonadas etc.
"O biolarvicida tem que ser colocado nos macrofocos, é neles
que o poder público tem obrigação de agir. Não adianta colocar o
remédio na casa das pessoas porque ele tem que ser trocado a cada
20 dias, e não há contingente para
isso", disse Guimarães.
Segundo o especialista, o alto índice de infecção de algumas áreas
da cidade comprovam o erro.
Bairros da zona norte, como Piedade, Encantado, Inhaúma, Pilares, Engenho Novo e Cachambi,
estão com índices de infestação
que vão de 3% a 5%, segundo dados da secretaria, quando o considerado normal pela Organização
Mundial de Saúde é de 1%.
O subsecretário de Saúde do
Município, Mauro Marzochi, argumenta que o índice de infestação predial na cidade está muito
abaixo do registrado no mesmo
período do ano passado. Segundo
ele, a média de infestação na capital era de 50% e hoje está em 1,4%.
Por causa dessa ação, ele disse não
crer numa nova epidemia entre o
final deste ano e o início de 2003.
A verba para prevenção e combate à dengue, no entanto, precisa
ser aumentada, segundo ele, para
R$ 2 milhões/mês. O aumento já
foi solicitado aos governos estadual e federal.
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