São Paulo, domingo, 07 de novembro de 2004

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Jesuítas foram os primeiros moradores

DA REPORTAGEM LOCAL

Alto de Pinheiros é um bairro muito arborizado, de terrenos amplos e construções horizontais. Possui 52 praças, traçado de ruas que impede a alta velocidade dos carros e canteiros centrais nas vias principais.
Essa formação diferenciada do bairro tem explicação histórica. As terras hoje ocupadas por casarões de classe média alta foram de jesuítas. Depois de expulsos do Brasil, em 1770, pela Lei do Marquês de Pombal, suas terras foram leiloadas e deram origem a chácaras e sítios posteriormente leiloados.
A porção que hoje corresponde ao Alto de Pinheiros foi arrematada pelo banqueiro francês Edouard Fontaine de Laveleye em 1913. De volta à Europa, uniu-se a empresário ingleses e criou a City of São Paulo Improvements and Freehold Land Company Limites. A empresa negociou de cerca de 12 milhões de m2 na cidade, e, em 1925, deu início ao loteamento do bairro.
A área foi sendo urbanizada lentamente, seguindo padrões semelhantes aos do Jardim América. Em 1935, a antiga estrada da Boiada -que ligava a Lapa a Pinheiros, cortando o bairro, e por onde passavam os bois que seriam sacrificados no Matadouro de Vila Clementino- já havia sido transformada em rua.
A estrada da Boiada foi uma extensão da estrada que ligou em 1786 o caminho de Pinheiros a Santo Amaro. Essa extensão se dirigiu à Lapa e hoje tem o nome de avenida Diógenes Ribeiro de Lima. Foi em 1937 que o restante do bairro começou a ser arruado, após as obras de retificação do rio Pinheiros, que inundava a região.

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