DA REDAÇÃO

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), chega hoje a Milão, na Itália, para a reinauguração do Teatro alla Scala. A lista de convidados internacionais -que ocuparão mais da metade dos assentos na noite de gala-, é encabeçada pelo rei Harald e a rainha Sonja, da Noruega.
Marta descansa na Europa desde 26 de novembro, quando chegou a Paris (França), com seu marido Luís Favre. Pela programação oficial, o casal deixará Milão amanhã, após visitar, com o prefeito da cidade, Gabriele Albertini, uma mostra de arte brasileira.
A viagem da prefeita, que tirou uma licença não remunerada, causou polêmica pelo fato de ocorrer a cerca de um mês do final de sua gestão e num contexto de crise administrativa e financeira da prefeitura. Serviços como varrição de rua e tapa-buraco foram reduzidos por falta de recursos. Marta reassume o cargo no dia 9.
O Scala, um dos teatros líricos mais famosos do mundo, será reinaugurado com a ópera "Europa Riconosciuta", do italiano Antonio Salieri, mesma obra apresentada na sua inauguração, em 1778. Será reaberto após uma reforma de dois anos e oito meses e gastos de cerca de US$ 67 milhões.
Foi construída, na parte de trás do Scala, uma torre com sete plataformas móveis -com 21 m e 30 t cada uma-, com as quais serão feitas as trocas de cenário. O fundo do palco também foi aumentado e, com a parte já existente do palco, medirá 1.650 m2.
Todo esse maquinário tornará possível, hoje, a abertura projetada pelo designer Pier Luigi Pizzi para "Europa Riconosciuta". Os heróis aparecem em cena em um navio quebrado, que, ao som da orquestra que imita uma tempestade, se parte em dois e afunda.
Quem for ao Scala agora poderá ainda conferir os novos assentos nos balcões, o piso e a tapeçaria renovados, os candelabros polidos e uma inovação -telas computadorizadas nas cadeiras onde será exibido o libreto.
Foi ainda removido o entulho acumulado sob o palco durante a primeira restauração, ocorrida em 1946 para recuperar o espaço danificado na 2ª Guerra Mundial.


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