São Paulo, quinta-feira, 08 de fevereiro de 2007

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Jornalista nega o envolvimento com criminosos

DA SUCURSAL DO RIO

Acusados de fazer parte de uma das máfias que disputam o controle das redes de caça-níqueis no Rio, o jornalista José Messias Xavier, 43, e o advogado Silvio Maciel de Carvalho, 41, negaram ligação com criminosos em depoimento ao juiz Flávio da Silva Lucas, da 4ª Vara Federal Criminal do Rio, ontem.
Messias afirmou que se aproximou do advogado por ser ele uma fonte que o municiaria de dados para o livro "A Águia e o Burro", que disse ter registrado na Biblioteca Nacional nesta semana. Ao juiz, disse que o livro, concluído na semana passada, busca o elo entre o jogo do bicho no Brasil e o crime organizado internacional.
Segundo denúncia do Ministério Público Federal, Messias receberia dinheiro de Carvalho para repassar informações que colhia, como jornalista, de policiais e membros do Judiciário.
O juiz indagou a Messias se ele publicava mais textos contra o grupo de Andrade. O jornalista disse que havia mais "informações oficiais" contra este contraventor do que contra Iggnácio. "Mas sempre mencionava nas reportagens que o Fernando Iggnácio era inimigo dele."
A suposta participação do jornalista foi descoberta a partir de escutas telefônicas de conversas dele com o advogado. Em uma delas, Carvalho pergunta se "o dinheirinho ajudou"; Messias diz que "ajudou para caramba".
Ambos, ao juiz, disseram não se lembrar da conversa e que o "presentinho" eram documentos e informações.


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