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Jornalista nega o envolvimento com criminosos
DA SUCURSAL DO RIO
Acusados de fazer parte de
uma das máfias que disputam o controle das redes de
caça-níqueis no Rio, o jornalista José Messias Xavier, 43,
e o advogado Silvio Maciel de
Carvalho, 41, negaram ligação com criminosos em depoimento ao juiz Flávio da
Silva Lucas, da 4ª Vara Federal Criminal do Rio, ontem.
Messias afirmou que se
aproximou do advogado por
ser ele uma fonte que o municiaria de dados para o livro
"A Águia e o Burro", que disse ter registrado na Biblioteca Nacional nesta semana.
Ao juiz, disse que o livro, concluído na semana passada,
busca o elo entre o jogo do bicho no Brasil e o crime organizado internacional.
Segundo denúncia do Ministério Público Federal,
Messias receberia dinheiro
de Carvalho para repassar
informações que colhia, como jornalista, de policiais e
membros do Judiciário.
O juiz indagou a Messias se
ele publicava mais textos
contra o grupo de Andrade.
O jornalista disse que havia
mais "informações oficiais"
contra este contraventor do
que contra Iggnácio. "Mas
sempre mencionava nas reportagens que o Fernando
Iggnácio era inimigo dele."
A suposta participação do
jornalista foi descoberta a
partir de escutas telefônicas
de conversas dele com o advogado. Em uma delas, Carvalho pergunta se "o dinheirinho ajudou"; Messias diz
que "ajudou para caramba".
Ambos, ao juiz, disseram
não se lembrar da conversa e
que o "presentinho" eram
documentos e informações.
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