São Paulo, sábado, 08 de maio de 2004

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Peças valem US$ 500 mil, diz colecionador

DA SUCURSAL DO RIO

Presidente da Fundação Biblioteca Nacional e dono de uma das maiores coleções de livros antigos e documentos do país, Pedro Corrêa do Lago acredita que os livros e gravuras roubados valham, no mínimo, US$ 500 mil (cerca de R$ 1,5 milhão). O valor é inferior ao estimado em relação aos 150 mapas e mais de 500 fotografias roubados do Palácio do Itamaraty, no Rio, em 2003.
Especialistas calcularam em US$ 2 milhões (equivalente a R$ 6 milhões) o material, do qual pequena parte foi devolvida, por sedex, pelo próprio ladrão.
"As obras roubadas agora são menos valiosas porque não são únicas, como eram muitos mapas do Itamaraty", diz Corrêa do Lago. Até o início da noite de ontem, a Biblioteca Nacional só tinha certeza de não possuir uma das obras roubadas: "Radiographies de l'Adulte Normal" (1918), de Bordet.
Para especialistas em obras raras, o ladrão do Museu Nacional foi grosseiro ao mutilar vários livros. "Parece claro que o interesse é vender as gravuras no mercado ilegal", disse um dos funcionários da Biblioteca.
Inteiros, segundo Corrêa do Lago, os livros mais valiosos do lote podem chegar até a US$ 100 mil (R$ 300 mil). Separadas, as gravuras valem muito menos.


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